Ex-garçom movimentou R$ 38 bilhões em seis anos de esquema de pirâmide financeira

Glaidson Acácio dos Santos, de 38 anos, movimentou R$ 38 bilhões em quase seis anos de pirâmide financeira. O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) informou ao Ministério Público Federal (MPF) e à Polícia Federal (PF) que, de maio de 2015 a novembro de 2021, o ex-garçom deteve uma cifra bilionária. Ele foi preso na semana passada.

Quando foi preso, no dia 25, em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, foram apreendidos mais de R$ 13 milhões em espécie, cerca de um milhão e trezentos mil reais em moeda estrangeira e 591 bitcoins, cujo valor chega a cerca de R$ 150 milhões.

O mais incrível de tudo isso é que Glaidson era garçom até 2014. Mas, surpreendentemente, ele conseguiu fazer operações com 8.976 pessoas, sendo 6.249 físicas e 2.727 pessoas jurídicas. Só nos últimos 12 meses, 44% do valor registrado pelo Coaf foram movimentados. Ele prometia ganhos de 10% ao mês ao investir em criptomoedas.

E para quem pensa que o negócio estava falido, o MPF alerta que “o esquema criminoso está em franca operação e cresce em proporção geométrica”. Pois, a aplicação em bitcoins é segura, mas algumas companhias usam a boa fama dos ativos para enganar os clientes.

A Polícia Federal completa:

- De maneira cabal, a dupla (Glaidson e a mulher Mirelis Yoseline Diaz Zerpa) está fazendo uso de extensa rede de operadores para movimentar enormes quantidades de ativos, denotando, à primeira vista, possíveis delitos contra o sistema financeiro nacional, lavagem internacional de ativos, sonegação fiscal e organização criminosa -

O MPF informou que “são numerosos os elementos que demonstram que Glaidson dos Santos, junto com sua companheira Mirelis Zerpa, estão liderando estrutura da organização criminosa que movimenta bilhões de reais tanto no sistema financeiro oficial, como também em criptoativos”.

Ela está foragida.

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