Canadá queima quase 5 mil livros infantis considerados racistas

Escolas de Ontário, no Canadá, queimaram quase 5 mil livros infantis considerados racistas. Em uma “purificação de chamas”, as bibliotecas das unidades de ensino incineraram as obras que falavam sobre os povos originários do país e depois os enterrou.

O caso ocorreu em 2019 e foi o Conselho Escolar Católico de Providence, que administra 30 escolas, quem deu a autorização para a queima dos exemplares. Tintin, Astérix e Pocahontas estavam na lista de “extirpados”.

- Enterramos as cinzas do racismo, da discriminação e dos estereótipos na esperança de crescer em um país inclusivo; onde todos possam viver com prosperidade e segurança - alegou a instituição.
- É um gesto de reconciliação com as Primeiras Nações e um gesto de abertura às outras comunidades presentes na escola e na nossa sociedade - completou o documento.

Autores criticaram a postura do Conselho e disseram que se trata de censura.

- Em 10 anos, passei de quase um vencedor a um autor banido - lamentou o autor de quadrinhos Marcel Levasseur. Ele foi finalista do Prêmio Tamarac, concedido pela Associação de Bibliotecas de Ontário, em 2011.
- Este não é um livro de história. Usamos a história como pano de fundo e nos divertimos com ela - explicou.

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