VÍDEO: Ginecologista é preso acusado de abusar de pacientes

O médico ginecologista Nicodemos Júnior Estanislau Morais, de 41 anos, foi preso, na quarta-feira (29), em Anápolis, Goiás. Ele é suspeito de cometer crimes sexuais contra pacientes. Em aplicativo de mensagens, ele faz comentários de cunho sexual a uma mulher que o questionava sobre um método contraceptivo. A defesa nega que ele teve conduta que esteja fora do exercício da Medicina.

A paciente de Nicodemos pergunta se o uso do anel vaginal, um método contraceptivo, atrapalha a relação sexual ou se o parceiro sentiria algo diferente no ato. O médico, então, responde:

- Bom, minha namorada já usou e eu não percebi diferença alguma. Posso testar kkk. Brincadeira - insinua.

A conversa entre médico e paciente foi realizada após a consulta, quando ela alega que houve uma violação sexual mediante fraude e acusa o ginecologista de tê-la tocado inapropriada e desnecessariamente. Até esta sexta-feira (1), 41 mulheres já formalizaram denúncia contra Nicodemos.

O caso está em segredo de Justiça e mulheres de lugares como Pirenópolis, Goiânia, Abadiânia e até do Pará já ligaram para a Força-Tarefa que investiga o médico relatando situações constrangedoras.

- Até o momento, temos ideia de umas 52 ou 54, mas creio que nós podemos chegar até umas 100 vítimas - disse a delegada Isabella Joy.
- Temos diversos relatos de vítimas que ele tentou agarrar, beijar, fez que tocassem nos órgãos genitais dele, vítimas que ele abusou durante o parto, que sofreram depressão pós-parto por causa dele - destacou a delegada, acrescentando que Nicodemos já é investigado por crime sexual no Distrito Federal, em 2019. Ele também foi denunciado no Paraná, mas o caso foi arquivado em 2018.

Agora, o médico é investigado por importunação sexual, violação sexual mediante fraude e estupro de vulnerável. O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) informou, por meio de nota, que "vai apurar o caso e a conduta do médico no exercício profissional".

Já a defesa de Nicodemus alega que a prática do médico é feita de acordo com o que ele aprendeu na faculdade de Medicina e que os toques nas partes íntimas femininas eram somente para exames ginecológicos.

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