Sem líderes do “primeiro escalão”, PSDB se une à esquerda contra Bolsonaro na Paulista

Alguns integrantes do PSDB, em São Paulo, estiveram presentes na manifestação contra o presidente da República, Jair Bolsonaro. O ato contou com representantes de 30 entidades, entre elas, legendas de esquerda.

Carolini Gonçalves, presidente do núcleo religioso do PSDB, disse que não via problema em correntes de ideologia política diferentes se aliarem contra o atual chefe do Planalto e defendeu a união em prol de um bloco que seja oposição a Bolsonaro nas eleições de 2022.

- Não é um problema. Não estamos aqui para defender candidatos do nosso partido. Estamos aqui contra o Bolsonaro - alegou.

Segundo a moça, o atual chefe do Executivo representa uma grave ameaça à democracia e, por isso, necessita ser retirado do cargo o mais rápido possível. A oposição justifica que a permanência de Jair Bolsonaro na presidência é insustentável.

- Democracia é poder discordar. Será que com Bolsonaro eu vou poder ser oposição em 2022? - questionou.

Porém, nem tudo foi paz e amor. O evento também foi marcado por desavenças entre as siglas. Em carro de som que o Partido da Causa Operária (PCO) havia alugado, uma das lideranças do partido, contrariando pedidos dos filiados, discursou e criticou o presidenciável Ciro Gomes (PDT-CE). O tumulto instalou-se e militantes vaiaram os ataques ao ex-governador do Ceará.

O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos (PSOL), por sua vez, resolveu colocar “panos quentes” na intriga generalizada e disse:

- Existe muita diferença de pensamento entre quem está aqui hoje na Paulista. Mas, a ameaça golpista é maior do que as nossas diferenças políticas - justificou em entrevista ao portal UOL.

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