Rosa Weber envia à PGR pedido contra Alcolumbre por demora em agendar sabatina de Mendonça

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, encaminhou, nesta sexta-feira (15), pedido para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) apure por que motivo o presidente da Comissão e Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), demora tanto em agendar a sabatina do ex-Advogado-Geral da União (AGU), André Mendonça, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro à Corte, em 13 de julho passado.

Rosa Weber é a segunda integrante do Supremo a se manifestar contra a postura de Alcolumbre. Em setembro, o presidente do STF, Luiz Fux, já tinha reclamado dessa demora, avisando a Alcolumbre que os outros ministros estão sobrecarregados de trabalho pela falta que André Mendonça tem feito ao Supremo. Mas, Alcolumbre não “deu bola”.

Alcolumbre já foi cobrado por senadores, ministros do STF, presidente do Senado e até mesmo pelo presidente Bolsonaro. Mas, a amigos, confidenciou que não pretende agendar a sabatina até que o atual chefe do Planalto seja substituído por outro presidente, em 2023.

Rosa Weber enviou à PGR uma notícia-crime para apurar se a conduta de Alcolumbre pode ser punida e ele afastado do cargo por crimes de responsabilidade, discriminação religiosa e contra o Estado Democrático de Direito. Ele tem foro privilegiado por ser senador da República.

- Determino a abertura de vista dos autos à Procuradoria-Geral da República, a quem cabe a formação da 'opinio delicti' em feitos de competência desta Suprema Corte, para manifestação no prazo regimental - escreveu Weber.

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