Dor eternizada na pele: Tatuagens memoriais ajudam como ritos de luto

A doutora em Psicologia Social Miriam Pinho estuda a função e o significado de tatuagens no processo de luto.

Segundo ela, desenhos e palavras gravados na pele tem a dupla função de singularizar a perda e também torná-la coletiva.

Em seu artigo "Luto em Versão Contemporânea: As Tatuagens Memoriais", Miriam descreve que é comum que as pessoas busquem maneiras diferentes de externar seu sofrimento, e que gravar na pele uma imagem ou palavra para eternizar alguém amado que partiu é uma das maneiras mais usadas.

Miriam menciona, ainda, que diversos costumes antigos - rituais de luto - foram excluídos com o passar do tempo em um processo de transformação que ela chama de "desritutualização", como levar refeições ao enlutados ou visitá-los.

- A morte tornada tabu teve por consequência o declínio ou a supressão dos ritos fúnebres tradicionais e com eles o desaparecimento do público no luto. A produção da tatuagem memorial responde para alguns a essa busca por um rito mais de acordo com os gostos e costumes das novas gerações - explica ela.

Assista:

Siga o Jornal O Republicano nas redes sociais:

Facebook: O Republicano | Facebook

Twitter: @_ORepublicano

Instagram: @_ORepublicano