TRF-1 reabre investigação sobre facada em Bolsonaro nas eleições de 2018

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) reabriu as investigações sobre o atentado sofrido pelo, então candidato à presidência da República, Jair Bolsonaro, em 2018. Na época, Adélio Bispo, ex-filiado do PSOL, partido de extrema esquerda, tentou matar o ex-deputado federal em Juiz de Fora (MG) desferindo uma facada na região do abdômen. Nesta quarta-feira (3), a 2ª Seção do TRF-1 autorizou a quebra do sigilo bancário do advogado Zanone Manuel de Oliveira Júnior, que defendeu Adélio Bispo e outros políticos ligados ao Partido dos Trabalhadores (PT).

Por 3 votos a favor e 1 contra, os desembargadores autorizaram mandados de busca e apreensão expedidos contra Zanone, que se recusou a informar quem o pagava e chegou a dizer que trabalhava, gratuitamente, no caso.

Os mandados abrangem livros-caixa, comprovantes de pagamento de honorários, apreensão do aparelho telefônico do advogado e imagens do circuito de segurança de um hotel onde Zanone teria se encontrado com um suposto financiador da defesa de Adélio Bispo.

Em 2018, a 3ª Vara de Juiz de Fora (MG), onde o atentado ocorreu, já tinha autorizado as medidas. Mas, em 2019, o desembargador Néviton Guedes, relator do caso no TRF-1, suspendeu a decisão provisoriamente, argumentando que havia “outros caminhos”, que não a quebra dos sigilos, para investigar o advogado. Agora, apenas em 2021 é que o caso foi julgado de novo.

Os desembargadores Ney Bello, Saulo Casali e Maria do Carmo Cardoso não acreditaram nas desculpas de Zanone e votaram a favor da quebra do sigilo e de outras medidas contra ele. Dessa forma, o Banco Central deverá encaminhar os dados sobre todas as contas bancárias que estão em nome dele e também de empresas nas quais ele seja sócio.

Agora, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF) estão autorizados a analisar novas pistas, inclusive, sobre a participação de terceiros no crime.

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