Justiça decide despejar empresário que fez jantar onde humorista debochava de Bolsonaro

A Justiça de São Paulo decidiu, na quarta-feira (24), despejar o empresário libanês Naji Robert Nahas, de 74 anos. Ele vivia numa mansão avaliada em mais de R$ 50 milhões nos Jardins, bairro nobre de São Paulo. Porém, a casa não era dele. Ele vivia de favor no local.

Foi nesta residência que, em setembro deste ano, viralizou um vídeo na internet de um jantar no qual estava o humorista André Marinho, ex-Pânico. O rapaz chamava a atenção e arrancava gargalhadas de políticos e empresários presentes, entre eles, Michel Temer, fazendo imitações debochadas do presidente Jair Bolsonaro, por quem nenhum dos presentes tem afeição.

Após o animado encontro de amigos, veio a notícia ruim: a Justiça determinou que o empresário e a esposa dele deixem a casa que ocupam desde 1980 porque o libanês teria descumprido um acordo verbal que fez com a empresa do antigo amigo. É que, em 1984, Nahas fez um empréstimo no Banco Noroeste e deu a mansão como garantia. Ele não conseguiu quitar a dívida e, para ajudá-lo, a empresa do amigo, Companhia Pebb de Participações S/A, adquiriu o imóvel e pedia apenas que o investidor pagasse, fielmente, as taxas para continuar vivendo lá.

Acontece que o amigo de Dahas faleceu em 2019 e foi quando ele parou de pagar os impostos referentes ao imóvel. Só em IPTU, ele deve mais de R$ 5 milhões.

Por isso, a Pebb resolveu tomar o imóvel de volta. A 13ª Câmara de Direito Privado do TJ acatou o pedido da companhia e decretou que o libanês saia do imóvel.

Nahas não se deu por vencido. Conhecido por ter quebrado a Bolsa de Valores do Rio de Janeiro em 1989, disse que vai recorrer da decisão.

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