Julgamento dos réus da Boate Kiss entra no segundo dia

O segundo dia de depoimentos no julgamento dos réus da Boate Kiss foi bem emocionado. A advogada Jéssica Montardo Rosado, irmã de Vinícius Rosado, uma das 242 vítimas, lembrou o exato momento em que as chamas iniciaram e disse que os clientes não tiveram a oportunidade de sair do local porque os funcionários do estabelecimento não ajudaram.

- Se não tivéssemos a ajuda de civis, seriam muito mais do que 242 mortes – contou a moça.

Ela lembrou que, no momento em que as primeiras faíscas tomaram conta do teto, os integrantes da Banda Gurizada Fandangueira até tentaram apagar o fogo, mas em vão. Eles alertaram os mais próximos do palco gritando: “sai”, “sai”.

Ela e o irmão tentaram ajudar outras pessoas, mas ele acabou falecendo no local.

Após dar o seu depoimento, a moça passou mal e disse que se sentia muito “culpada” por ter conseguido sobreviver e o irmão não. Sozinha, ela salvou 13 pessoas.

O incêndio da Boate Kiss ocorreu em 2013, em Santa Maria, Rio Grande do Sul. O julgamento é um dos maiores do Brasil. Além dos mortos, 680 pessoas ficaram feridas.

Os acusados do incêndio são: Elissandro Callegaro Spohr e Mauro Londero Hoffmann (sócios), Marcelo de Jesus dos Santos (vocalista da Banda Gurizada Fandangueira), o produtor musical Luciano Bonilha Leão. Eles serão julgados no plenário do Foro Central da capital gaúcha, por um conselho de sentença, formado por sete jurados e presidido pelo juiz de Direito Orlando Faccini Neto, da 1ª Vara de Porto Alegre.

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