"Lata Velha": oficinas denunciam que o valor recebido não dava pra pagar nem os funcionários

Aquele quadro que levantava a audiência do "Caldeirão do Huck", quem diria, não dava rendimento às oficinas que realizavam os "milagres" nos carros.

A atração foi lançada em 2005, mas, ao longo de 16 anos em que ficou no ar, acumulou mais polêmicas do que lucro aos donos de oficina que trabalhavam com o apresentador global Luciano Huck.

Os empresários desabafaram como foi atuar na restauração dos veículos que não eram nada tranquilas ou fáceis; porque os carros que chegavam estavam em péssimas condições e o orçamento era muito, muito limitado.

- É um carro que não tem absolutamente nada. É realmente um lixo. A maioria não tem assoalho, tem rato dentro. Vocês não têm ideia do estado que o carro chega - desabafou Tarso Marques, proprietário de uma das oficinas.

Os sócios da Dimension Customs, que também participou do quadro, foram além e disseram que o valor recebido não cobria nem o pagamento dos colabordores que se empenhavam na customização dos veículos.

- Na época, aceitamos firmar contrato por um valor baixo pensando na visibilidade. Não podemos revelar a quantia por causa da confidencialidade, mas para pagar os funcionários que trabalhavam nos carros do programa nós usávamos a renda dos eventos que fazíamos na época - contam.

E acrescentaram:

- Nós éramos muito pressionados para fazer um carro com glamour para televisão. Eles não se importavam se ele andava ou freava, por exemplo, tinha que ser um show-car. Sempre deixamos claro que, para a oficina, o quadro não é bom. Por isso, nenhuma fica por muito tempo - denunciaram.

O saldo do quadro foi tão negativo que a direção da Globo preferiu criar novas atrações para o "Domingão" com o Luciano Huck do que reutilizar o "Lata Velha" para o programa.

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