A fé é um remédio?

A ligação entre fé e medicina sempre existiu. Não à toa, egípcios (2000-1800 A.C.), exorcizavam espíritos em nome do Deus Horus; cientistas gregos já abordavam a existência da alma (500-300 A.C.) e; até as melhores faculdades de medicina da época somente aceitavam alunos munidos de licenças religiosas.

A verdade é que tanto os profissionais da saúde quanto os pacientes, em algum momento, permitem que sua religiosidade faça demandas importantes em suas vidas. Testemunhas de Jeová não aceitam a administração de hemoderivados, ainda que o resultado dessa decisão seja mortal. Já alguns médicos, segundo suas próprias crenças, relutam em não realizar o aborto porque se trata de uma forma de assassinato, do qual não desejam fazer parte.

Não é novidade a enorme quantidade de estudos realizados sobre a influência da religiosidade dentro de aspectos de interesse da medicina. Na maior biblioteca virtual do Planeta, a PubMed, existem aproximadamente, 41.314 estudos com a palavra-chave “religião”. Estes estudos têm apontado cada vez mais que pessoas com alguma religiosidade tendem a apresentar melhor saúde mental e menor ocorrência de doenças consideradas psíquicas, tais como a depressão.

Neste sentido, alguns autores têm apresentado que pessoas com mais espiritualidade possuem maior produção de interleucinas e proteína C-reativa, as quais contribuem sensivelmente para o aumento da imunidade. Em outro estudo observou-se que mulheres religiosas com câncer, possuíam maior número total de linfócitos (que são células de defesa) do que aquelas sem nenhuma religiosidade com a mesma doença.

O assunto é tão importante e real que 59% das faculdades de medicina em solo britânico já possuem alguma disciplina relacionada ao tema. Nos Estados Unidos, o número de faculdades médicas com algum tipo de disciplina com estudo religioso já passa de 100. Isso porque quando perguntados sobre a relação médico-paciente, a maioria dos estudos apontou que os pacientes se sentiriam mais seguros se os médicos perguntassem sobre suas práticas religiosas.

Creio que um estudo mais aprofundado sobre o tema aqui exposto deixaria nossos pacientes mais à vontade e, do mesmo modo, traria maior empatia por parte do profissional da saúde. Que seja essa nossa principal reflexão: a de estar disposto e disponível!

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