O seu trabalho te adoece?

Parece uma pergunta forte demais, não é? Mas, ao final dessa leitura, você poderá responder à pergunta com tanta tranquilidade que ficará aliviado de, finalmente, ter a resposta.

O estresse ocupacional tem sido considerado um dos principais problemas da sociedade moderna, podendo interferir na qualidade de vida das pessoas; o que acarreta uma série de danos nos âmbitos físico, psicológico, profissional e social. O esgotamento ocorre quando as demandas excedem a capacidade e os recursos que o indivíduo possui para atendê-las. Pode ser causado por sobrecarga de trabalho, remuneração insuficiente, exigências pelos cumprimentos dos prazos, acúmulo de funções, excessivas jornadas de trabalho e ainda o acúmulo de trabalho extra levado para casa.

O esgotamento físico, a depressão e a ansiedade são as principais causas que interrompem as atividades trabalhistas, sendo responsáveis por aproximadamente 46% do absentismo laboral, segundo o Instituto de Biologia Geoestatística (IBGE).

Se, até agora, você já se identificou com alguns desses aspectos, prepare-se que pode piorar!

Existe um nome científico para tudo isso e ele é chamado síndrome de Burnout. Essa doença é compreendida como um tripé que abraça as seguintes dimensões: esgotamento emocional, falta de realização pessoal no trabalho e despersonalização.

A exaustão emocional é caracterizada pelo sentimento de falta de energia e recursos emocionais para lidar com situações cotidianas do trabalho, que antes eram realizadas com naturalidade e agora você não consegue mais. A redução da realização pessoal no trabalho ou o desapontamento no trabalho caracterizam-se pela tendência de os trabalhadores avaliarem-se de forma negativa, como incapazes, insuficientes, desmotivados e com baixa autoestima. E para fechar com chave de ouro vem a despersonalização ou a desumanização, as quais apresentam-se como resultado do desenvolvimento de sentimentos e atitudes negativas, em que prevalece a dissimulação afetiva e o distanciamento em relação às pessoas que entram em contato direto com o profissional.

Muito embora essa doença tenha sido amplamente estudada entre professores e agentes de saúde, atualmente, ela tem sido identificada como um reflexo da pandemia em outros profissionais, especialmente naqueles que utilizam o home office mas ainda não sabem gerenciar o seu tempo. Ou entre os profissionais autônomos, posto que para estes, reservar um período de férias nem sempre é possível.

Aqui vai o meu conselho pessoal, tanto de professora quanto agente de saúde, as duas principais profissões afetadas: trabalhe produtivamente, mas não excessivamente. Tenha períodos de descanso para um café. Não leve trabalho para casa. Usufrua de folga semanal. Tire férias. Pratique exercícios.

E se nada der certo e você continuar sem paz. Aqui vai meu último conselho: se custa a sua paz, está custando muito!

Boa semana a todos!

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