"O único jeito de ter uma audiência boa é uma série de talentos envolvidos", diz Brichta sobre escolha de atores por número de seguidores

O ator da Rede Globo, Vladimir Brichta, de 45 anos, soltou o verbo sobre a nova forma de escalar atores para trabalhos no meio artítico. Segundo ele, é cada vez mais comum, a produção de novelas, peças e filmes optar por youtubers, influencers ou mesmo profissionais das artes que tenham muitos seguidores e engajamento nas redes sociais.

Brichta e a mulher, Adriana Esteves, dicordam dessa avaliação e o intérprete de "Neném", em "Quanto mais vida, melhor", qualificou essa abordagem de "burrice" no podcast "Novela das 9", semana passada.

- (...) Se você tem um engajamento grande, você até pode fazer uma temporada de muito sucesso e lotar casas de shows Brasil afora. Mas, primeiro: isso não faz de você um ator. E, segundo: isso não faz uma carreira. Quando a gente fala de uma carreira, a gente está pensando a longo prazo. E a longo prazo a gente não sobrevive se não tiver as ferramentas corretas - disparou.
- Se você quiser fazer uma novela de 160 capítulos, pode até pegar aquela pessoa de 100 milhões de seguidores. No primeiro dia que ela aparecer na novela, talvez, bata recorde de audiência, mas não vai continuar dando recorde ao longo de 160 capítulos. O único jeito dessa novela ter uma audiência boa é se tiver uma série de talentos envolvidos com aquilo: atores, diretores, cenógrafos, figurinistas - emendou.
- Carreira é a longo prazo. Se esse cara não tiver embasamento e domínio sobre aquilo, não vai durar. Ou seja, é uma burrice escalar alguém pra fazer uma peça de teatro, uma novela ou um filme porque aquela pessoa tem muitos seguidores - completou, acrescentando que ele e a mulher continuarão a vida sem redes sociais.

Siga o Jornal O Republicano nas redes sociais:

Facebook: O Republicano | Facebook

Twitter: @_ORepublicano

Instagram: @_ORepublicano