Indicado ao Supremo por Lula, Lewandowski rejeita pedido para investigar petista

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, indicado à Corte por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2006, negou, nesta quarta-feira (27), pedido de deputados de direita para investigar o ex-presidente e ex-presidiário.

Em evento na Central Única dos Trabalhadores (CUT), um braço do Partido dos Trabalhadores, o petista incentivou organizações e entidades sociais, divididas em grupos de 50 pessoas, a "mapear" e "incomodar" os deputados e familiares nas residências deles.

- Se a gente pegasse e mapeasse o endereço de cada deputado e fosse 50 pessoas na casa do deputado, não para xingar, para conversar com ele, com a mulher dele, com o filho, incomodar a tranquilidade dele, eu acho que surte muito mais efeito do que a gente vir fazer a manifestação em Brasília - sugeriu o condenado por corrupção e lavagem de dinheiro na Operação "Lava Jato".

As declarações do ex-condenado foram recebidas com surpresa pelos parlamentares, que ingressaram no Supremo contra ele, argumentando que Lula, que é pré-candidato à presidência do Brasil, "praticou o crime previsto de incitação à abolição violenta do Estado Democrático de Direito e perseguição".

Os deputados também solicitaram ao STF que o petista fosse obrigado a manter distância mínima de 300 metros de qualquer deputado, "de suas residências, e da sede do Congresso Nacional; bem como de manter contato com qualquer parlamentar, como medida de garantia da segurança e estabilidade do Poder Legislativo".

Embora os comentários de Lula tenham sido gravados, Lewandowski argumentou, em sua decisão, que eram apenas trechos de falas e que não podeiram ser considerados provas contra o petista e ainda demonstrou preocupação com o fato de, em caso de ser preso, Lula estaria sem foro privilegiado.

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