A poucos dias da aposentadoria, Marco Aurélio “abre o coração” e fala sobre relacionamento conturbado com Gilmar Mendes

Prestes a deixar o Supremo Tribunal Federal (STF), depois de 31 anos de atuação, o ministro Marco Aurélio Mello conversou com o jornalista Pedro Bial, no programa “Conversa com Bial”, desta segunda-feira (28).

O magistrado se aposenta em 12 de julho, repassando a própria trajetória a limpo. Entre as principais infelicidades, ele cita o “eterno” desafeto, o também ministro do Supremo, Gilmar Mendes, de quem se lembra por ter uma relação pra lá de conturbada.

O entrevistado conta que assumiu de forma escancarada o desafeto justamente por buscar "preservá-lo e a mim próprio". "Surgiu o descompasso porque eu penso que o ministro Gilmar ultrapassou todos os limites imagináveis na crítica ao meu desempenho", resume.

- Não podia admitir a agressão sofrida e continuar convivendo simplesmente com ele - admite.

De fato, o “jeitão” de Gilmar Mendes já é conhecido entre os seus pares. Recentemente, ele e Luís Roberto Barroso trocaram ironias e acusações durante reunião virtual em que era decidido a anulação das condenações do ex-presidente e ex-presidiário, Luis Inácio Lula da Silva, do PT.

Entre os argumentos de Barroso, a Corte não poderia aceitar prova de origem ilícita como as mensagens hackeadas dos celulares dos procuradores da “Operação Lava Jato” e do ex-juiz federal, Sérgio Moro.

Mendes discordou do colega e, visivelmente, contrariado, partiu pro ataque:

- Vossa Excelência perdeu, perdeu - ironizou Mendes.

Ao passo que Barroso finalizou a conversa:

- Existe o código do bom senso, o respeito aos outros. Se um colega acha uma coisa e outro acha outra, um terceiro tem que decidir - ensinou.

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