Entenda a tragédia agrícola do Sri Lanka e por que a população foi pras ruas

Gotabaya Rajapaksa, presidente do Sri Lanka, tomou uma medida drástica contra a economia do país, no início de 2021, quando a pandemia da Covid-19 ainda colocava as nações de joelhos. Depois de prometer na campanha eleitoral de 2019 que tornaria a agricultura nacional totalmente orgânica, ele proibiu o uso de pesticidas sintéticos e fertilizantes em qualquer cultivo.

Juramento cumprido, Rajapaksa só não previu os resultados desastrosos da sua lacração: sem os defensivos agrícolas e os fertilizantes, as produções do arroz, chá e côco, por exemplo, despencaram entre 35% e 50%, os produtos começaram a faltar nas prateleiras e a inflação disparou; chegando a 80% em 12 meses. Por último, o Sri Lanka passou a importar alimentos - a preços elevados - que os agricultores não conseguiam mais cultivar.

A equipe de governo do Sri Lanka apostou no "politicamente correto", mas o problema é que para produzir comida em larga escala, na mesma proporção e velocidade em que a população mundial precisa ser alimentada, o uso dos defensivos agrícolas é primordial: eles combatem as pragas e doenças do solo, controlam os fungos, bactérias, ácaros e insetos que infestam a agricultura e até regulam o crescimento e a floração das plantas.

Ainda não existe outra tecnologia no planeta capaz de substituir esses produtos e, num mundo pós-pandemia do coronavírus, a fome se alastra como praga.

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