Fachin diz "basta" para manifestações de Bolsonaro em encontro com Embaixadores

O atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, que também foi o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) que anulou todas as sentenças do ex-presidiário Lula (PT) na operação "Lava-Jato", não gostou nada do presidente Jair Bolsonaro (PL) ter criticado o sistema eleitoral brasileiro em encontro com dezenas de embaixadores.

Em discurso feito na seccional da OAB, no estado do Paraná, onde lançava uma campanha de  "desinformação", o indicado de Dilma Rousseff (PT) ao cargo vitalício na Suprema Corte, falou:

- Mais uma vez, a Justiça Eleitoral e seus representantes máximos são atacados com acusações de fraude. Ou seja: uso de má-fé. Ainda mais grave, é o envolvimento da política internacional e também das Forças Armadas, cujo relevante papel constitucional a ninguém cabe negar como instituições nacionais, regulares e permanentes do Estado, e não de um governo. É hora de dizer basta à desinformação e ao populismo autoritário que coloca em xeque a Constituição de 1988 - alegou o magistrado que "descondenou" Lula, acusado de corrupção e lavagem de dinheiro.

E acrescentou:

- Há um inaceitável negacionismo eleitoral por parte de uma personalidade importante dentro de um país democrático e é muito grave a acusação de fraude a uma instituição, mais uma vez, sem apresentar provas. As entidades representativas como a OAB e a própria sociedade civil precisam fazer sua parte na garantia de que a democracia seja preservada - discursou, referindo-se à denúncia feita por Bolsonaro aos embaixadores de que hackers conseguiram invadir o sistema eleitoral brasileiro e, por isso, uma investigação foi aberta dentro da própria Polícia Federal.

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