A menos de dois meses das eleições, delegada da PF vê crime em citação de Bolsonaro sobre vacina da Covid-19 e HIV

A delegada Lorena Lima Nascimento, da Polícia Federal, encaminhou pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) e disse que viu indícios de que o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) cometeu crime ao associar o desenvolvimento da AIDS aos vacinados contra a Covid-19.

Na verdade, em sua live de outubro de 2021, Bolsonaro citava relatórios e estudos do Governo do Reino Unido que constataram que pessoas portadoras do vírus HIV desenvolveram mais rapidamente os sintomas da doença depois que tomaram a segunda dose da vacina contra o coronavírus.

A informação foi muito rebatida por políticos de oposição, porém o estudo estava publicado no site Beforeitsnews.

Na época, o chefe do Executivo disse:

- Uma comparação de relatórios oficiais do governo (britânico) sugere que os totalmente vacinados estão desenvolvendo a Síndrome de Imunodeficiência Adquirida muito mais rápido do que o previsto - explicou.

Quase um ano após a fala, a delegada resolveu "ressuscitar" a polêmica e pretende prender Bolsonaro por suposta "incitação ao descumprimento de normas sanitárias".

- Observa-se que a maneira de agir debatida no INQ 4888 [da vacina] encontra bastante similitude com a ocorrida no INQ 4878 [do vazamento de informações sigilosas], exigindo-se para a validação do discurso (falso ou com fragmentos da verdade) que seja realizada por um influenciador em posição de autoridade perante sua ‘audiência' - alegou a moça.

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