Voto eletrônico impresso enfrenta resistência de 11 partidos na Câmara

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que pretende imprimir o voto eletrônico, enfrenta resistência na Câmara dos Deputados. A poucas horas da votação do relatório do deputado Filipe Barros (PSL-PR), em sessão marcada para esta segunda-feira (5), partidos estão se dizendo contrários à mudança do sistema eleitoral no país; para reverter a maioria favorável ao texto proposto pela deputada e presidente da CCJ, Bia Kicis (PSL-DF).

No sábado (26), onze partidos resolveram afirmar, publicamente, que são contrários “voto impresso auditável”, que nada mais é do que o acoplamento de uma impressora à urna eletrônica. Ciro Nogueira, do PP; ACM Neto, do DEM; Valdemar Costa Neto, do PL; Marcos Pereira, do Republicanos; Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, do Solidariedade; Luciano Bivar, do PSL; Roberto Freire, do Cidadania; Baleia Rossi, do MDB; Gilberto Kassab, do PSD; Bruno Araújo, do PSDB; e Luís Tibé, do Avante não aceitam o voto auditável.

Essas siglas estão se movimentando para tentar barrar o avanço da PEC. Segundo estimativa feita por um membro do colegiado, dos 34 votantes, pelo menos, 17 são contrários ao voto impresso. Entre os partidos de oposição, apenas o PDT, representado pelos deputados Pompeo de Mattos (RS) e Paulo Ramos (RJ), é a favor da alteração.

Em nota, o líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Rodrigo de Castro (MG), afirmou que a urna eletrônica é “confiável” e deve ser defendida. “Em relação ao sistema de votação, apuração e contagem de votos, reitero a posição já externada pelo PSDB e por outros 10 partidos de diferentes correntes ideológicas: sou favorável à manutenção do modelo atual, pela urna eletrônica”, afirma Cstro. Aécio Neves (PSDB-MG), titular da comissão, é a favor da mudança. Candidato à Presidência derrotado em 2014, o parlamentar contestou a vitória de Dilma Rousseff (PT), à época.

A impressão do voto eletrônico é uma constante preocupação do Governo do presidente Jair Bolsonaro. Ele, reiteradamente, tem afirmado que houve fraude nas eleições de 2018 e que, provavelmente, haverá em 2022. O sistema atual da urna eletrônica não deixa rastros de fraudes. Se ocorrerem desvios, ninguém saberá.

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