Morales tem celular roubado e avisa no Twitter que podem surgir "montagens" e falsas informações que o liguem ao tráfico de drogas

O ex-presidente da Bolívia, Evo Morales (2006-2019), afirmou, nesta segunda-feira (29), que seu celular foi roubado durante evento de campanha, no domingo (28).

Morales acusa a "oposição" de ter furtado seu telefone e, sem saber onde nem com quem o aparelho estaria, tratou logo de ir para as redes sociais comunicar o fato.

Em post no Twitter, o boliviano disse:

- O roubo do meu telemóvel ocorreu num ato que contou com a presença do ministro do Governo e da sua segurança. É a primeira vez que algo semelhante nos acontece em todos estes anos de atividade política - escreveu na web, indo, em seguida, ao ataque.
- Não gostaríamos de pensar que (o roubo) faz parte de um ataque planejado para nos prejudicar - acrescentou.

Após o furto, uma gigantesca operação policial foi feita para encontrar o telefone e Morales pediu que a população não se assuste com possíveis "montagens" ou informações que possam ser "vazadas" para a imprensa alegando que venham do telefone dele; porque, segundo o ex-presidente, farão parte de "manipulação da oposição".

O deputado Juanito Angulo, do Movimento para o Socialismo (MAS), mesmo partido de Morales, também se antecipou em desfazer qualquer "mal-entendido", disse que "infiltrados" roubaram o telefone do ex-presidente e que no aparelho contém informações importantes sobre questões políticas e o tráfico de drogas

- Desde que começamos a luta política em defesa do nosso povo contra os governos  neoliberais, sofremos ataques e campanhas de guerra suja com mentiras. Não temos nada a esconder, mas denunciaremos qualquer tentativa de usar montagens ou deturpações contra nós - avisou.

A Bolívia é considerada pela Polícia Federal (PF) como "santuário" do Narcosul, formado por facções criminosas da América do Sul e a Ndrangheta, a máfia da Calábria (Itália).

É no país vizinho, que tem localização geográfica central neste continente, que o cartel realiza as reuniões de "cúpula" e definem as estratégias dos "associados" ao tráfico internacional de drogas. Por lá, os chefões do crime organizado passeiam tranquilamente com as famílias, gozam de "férias", investem o dinheiro em joias, clínicas médicas, restaurantes e até fazendas.

A Bolívia também produz cocaína e é rota de passagem dos entorpecentes que vêm do Peru e da Colômbia.

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