PF não solicitou quebra de sigilo bancário de empresários. Moraes atendeu pedido de Randolfe

Depois de tomar conhecimento pelo Portal Metrópoles de que havia um grupo privado de WhatsApp com grandes empresários brasileiros, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), tomou uma medida arbitrária: abriu inquérito contra eles sem a autorização do Ministério Público. O órgão sequer foi consultado e os autos completos encaminhados para avaliação dos procuradores.

Agora, ficou evidenciado que a busca e apreensão no endereço dos 8 empresários foi motivada tão e somente por um texto que o colunista do Metrópoles, Guilherme Amado, publicou no portal afirmando que havia um grupo de WhatsApp no qual os empreendedores discutiam a possibilidade de não aceitar a vitória de Lula (PT) nas eleições.

Munido somente dessa reportagem, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que é coordenador de campanha de Lula, deputados do PSOL e do PT, e entidades ligadas ao lulopetismo, solicitaram ao STF pedido nada humilde: quebras dos sigilos bancários, bloqueio de contas e prisão preventiva.

- Dessa forma, requer-se que sejam apurados os fatos noticiados no dia de hoje, 17 de agosto, na coluna de Guilherme Amado, com a imediata remessa ao Ministério Público e à Polícia Federal para a tomada de depoimento dos envolvidos, a quebra dos sigilos, o bloqueio de contas e as necessárias prisões preventivas - diz trecho do documento.

Não se sabe por que motivo, mas Moraes escondeu que Randolfe era o responsável pela ação no Supremo. Ao ser questionado sobre o tema, inclusive, pela Procuradoria-Geral da República (PGR), ele disse que apenas respondeu a um pedido da Polícia Federal.

- Em virtude da presença de fortes indícios e significativas provas apontando a existência de uma verdadeira organização criminosa, de forte atuação digital e com núcleo de produção, publicação e financiamento e político absolutamente idênticos aos investigados no inquérito das milícias digitais, com a nítida finalidade de atentar contra a democracia. Por tanto, em face das circunstâncias apontadas é imprescindível a realização de diligências, inclusive com o afastamento de garantias, que não podem ser usadas como escudo para a prática de atividades ilícitas - alegou.

O delegado da PF Fábio Alvarez Shor solicitou apenas a apreensão de celulares e afastamento do sigilo de mensagens. 

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