Enchente histórica dos rios do Amazonas deixa ribeirinhos isolados por meses

Os 520 mil ribeirinhos que vivem às margens dos Rios Negro e Solimões, sofrem há mais de dois meses com as consequências da maior enchente em mais de um século. A fome e a desnutrição, que já são correntes entre a população, aumentaram, drasticamente, com o severo clima.

Em maio, o Rio Solimões começou a subir, chegando a 20,83 metros, em 17 de junho. E o Negro, que banha a capital amazonense, outros 30,02 metros, em 16 de junho. Foram as maiores altas dos últimos 119 anos (Negro) e 49 anos (Solimões), de acordo com o Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM).

Muitas famílias ficaram totalmente isoladas e dependem da Defesa Civil, do Governo e das organizações sociais não-governamentais, que distribuem cestas básicas e "kits Covid-19" (álcool gel a 70%, sabonetes, máscaras, desinfetantes, água sanitária, detergentes e baldes). Mas, os ribeirinhos sabem que alívio mesmo, só quando as águas baixarem, a partir de julho e agosto.

Toda bacia hidrográfica da Amazônia foi impactada e a invasão das águas atingiu em cheio a produção e a casa dos ribeirinhos, que ficaram sem fonte de subsistência. Especialistas acreditam que o efeito de esfriamento das águas do Oceano Pacífico, o La Niña, é um dos principais responsáveis pelo excesso de chuvas na maior região de florestas tropicais do planeta.

O Governo do Amazonas tenta diminuir o sofrimento dos ribeirinhos, entregando auxílio, filtros purificadores de água, cestas básicas e sementes e mudas para os produtores rurais afetados pela enchente. Já o Governo Federal repassou R$ 30 milhões, por meio da Secretaria Nacional da Defesa Civil do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), para 28 municípios.

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