Lula terá que responder à notícia-crime por associar brasileiros aos integrantes da Ku Klux Klan

Mais de 63 advogados do Movimento Direita Brasil apresentaram, em conjunto, notícia-crime à Justiça Eleitoral de Nova Iguaçu, estado do Rio de Janeiro, contra o ex-presidiário Lula (PT) que, em um discurso associou as manifestações democráticas do 7 de Setembro em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) ao movimento racista americano Ku Klux Klan.

A fala do petista  condenado pela Lava-Jato ocorreu na mesma cidade onde a notícia-crime foi apresentada e, segundo o condenado pela Justiça, "não tinha negros ou trabalhadores".

- Foi uma coisa muito engraçada o ato do Bolsonaro. Parecia uma reunião da Ku Klux Klan. Só faltou o capuz. Não tinha negro, não tinha pardo, não tinha pobre, trabalhador - acusou.

O Movimento Direita Brasil afirmou que a fala de Lula se enquadra nos crimes descritos no Código Eleitoral Brasileiro, artigos 323 e 325, como apologia ao ódio racial ou religioso, com o claro objetivo de "separar os povos" e "fomentar ofensas covardes".

- Ofensas de proporções inimagináveis, covardes com intuito de fomentar o ataque aos valores patrióticos e desestabilizar o processo eleitoral com discurso de ódio, comparando o povo do seu País ao grupo radical - argumentaram os advogados.

O presidente Jair Bolsonaro também ingressou com outra ação junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pedindo que a corte obrigue o petista a remover das mídias sociais qualquer conteúdo que associe os seus eleitores e apoiadores ao Ku Klux Klan.

- Um evento cívico-democrático, em que se comemorava, ordeiramente, o Bicentenário da Independência do Brasil, a uma reunião de um dos movimentos mais reprováveis da história da humanidade que, sob ideais reacionários e extremistas, defendeu ideologias como a supremacia branca, o nacionalismo branco e a anti-imigração - explicou o chefe de Estado.

A Justiça ainda não se pronunciou sobre o assunto.

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