Lula mira arsenal de críticas no agronegócio e agora planeja limitar exportação de carne

O discurso do ex-presidente e ex-presidiário Lula (PT), que se candidata à eleição no Brasil graças a uma manobra de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que o Partido dos Trabalhadores indicou à corte, tem mirado boa parte do seu arsenal de críticas ao agronegócio brasileiro. Desta vez, o petista condenado por corrupção e lavagem de dinheiro reclamou dos preços da carne e disse que terá que regular as exportações desse produto também.

- Eu quero é que vocês possam entrar no açougue e comprar carne. Por isso nós vamos ter que discutir o preço da carne nesse país. Nós vamos discutir se vai continuar só exportando ou se vai deixar um pouco para nós comermos -

A frase de Lula chamou a atenção dos produtores, porque, entre 65% e 70% da carne ficam no Brasil. Apenas o restante é exportado.

Em outra frente contra o agronegócio, o PT conseguiu, recentemente, uma liminar que impedia o estado do Mato Grosso, principal produtor de soja, alimento que influencia bastante no PIB do Brasil, a reduzir o tempo de plantação da leguminosa. O legenda de esquerda alegou que a medida seria necessária para evitar supostas pragas. A soja é o segundo produto mais exportado do país, ficando atrás apenas dos minérios.

A Argentina, país vizinho, cujos governantes são muito próximos de Lula, interferiu na produção de várias empresas e no agronegócio. A consequência é que o arroba por lá está mais caro do que em território nacional, comprovando que essa prática gera instabilidade no mercado, diminui a demanda e encarece os valores.

De tão cara que a carne vermelha se tornou para os argentinos o consumo da proteína já é o mais baixo desde 1920.

Desde maio de 2021, Alberto Fernández reduziu as exportações da carne argentina sobrando para a cadeia produtiva e parao país um saldo negativo de US$ 8 milhões por dia.

- Perdemos os produtores, os trabalhadores, os empresários, os frigoríficos, os consumidores, os provedores de insumos e serviços, entre outros participantes da cadeia produtiva. Não dá para entender porque se impõem cotas às exportações, se isso nos empobrece a todos - explicou Nicolas Pino, do Instituto de Estudos Econômicos da Sociedade Rural Argentina. 

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Fonte: Gazeta do Povo