Começou: MST invade duas fazendas na Chapada Diamantina, na Bahia. É a 17ª ocupação no estado somente este ano

O Movimento dos Sem-Terra, grupo comandado por João Pedro Stédile há décadas e o cotado para assumir o Ministério do Desenvolvimento Agrário do ex-presidiário Lula (PT), anunciou, nesta terça-feira (15), que invadiu duas fazendas na Chapada Diamantina, na Bahia.

As invasões ocorreram no sábado (12) e no domingo (13).

A primeira a ser tomada pelos invasores foi a Fazenda Gentil, no município de Maracás, distante 350 quilômetros de Salvador, a capital baiana. E, no dia seguinte, outras 150 famílias invadiram a Fazenda Redenção, que fica entre os municípios de Irajuba e Planlatino.

O MST se defende das críticas de que o movimento invade terras produtivas, cujos proprietários sejam contra o PT e os assentamentos e alegou as propriedades pertencerem a uma "empresa falida" que as abandonou.

- A área pertence a empresa Ferbasa, que está falida e abandonou as terras que seriam destinadas à monocultura do eucalipto. (...) Não cumpre sua função social. O acampamento recebe o nome de "Estrela Vive" - destacou o MST nas redes sociais.

Essa é a 17ª ocupação que o Movimento Sem Terra realiza somente na Bahia em 2022. Para participar do "esquadrão de invasores", o PT convocou famílias que, segundo a sigla esquerdista, estavam "passando dificuldades" na periferia das cidades. Eles já montaram centenas de barracas e dizem estar plantando para consumo próprio.

Para retirá-los de lá, não será tarefa fácil e, muito menos, rápida; já que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luis Roberto Barroso, cotado para ser o novo presidente da corte, determinou, recentemente, que a reintegração de posse seja "humanizada" no Brasil. O que pode levar a anos. Talvez, décadas. Talvez, ainda, os donos nem estejam mais vivos quando o processo terminar.

Situação bem diferente do que ocorreu nos quatro anos em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) esteve à frente do Brasil. Nos anos de gestão dele, foram ampliados os acessos a armas e munições para segurança própria e de propriedades privadas. Por conta dos decretos, o número de invasões no país caiu para 24, nos três primeiros anos, enquanto na Era Lula chegaram a 1.968 ocupações.

O fantasma das invasões começa a assolar novamente os produtores rurais do Brasil. O pior de tudo é que eles estão desarmados e dependentes de uma Justiça, cada vez mais, tardia.

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