Lula chega a Brasília para selar paz interna na equipe de transição e conseguir apoio para a PEC

O ex-presidiário Lula (PT) passou duas semanas longe de Brasília em virtude da cirurgia na laringe a que foi submetido e o tempo distante dos seus aliados foi o suficiente para vir à tona uma crise na equipe de transição petista. É muito cacique pra mandar em pouco índio. Então, coube a Lula, que também adora centralizar as decisões finais em suas mãos, dar o aval sobre temas primordiais, como os nomes dos novos ministros e o acordo para viabilizar a PEC da Transição.

Lula veio acompanhado do ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT). Outro que, na verdade, não tem voz para decidir nada. Afinal, quem define alguma coisa no PT, que não tenha passado pelo crivo do ex-condenado da Lava-Jato? Ninguém. Nem Gleisi Hoffmann, presidente nacional do partido, ousa tomar alguma atitude sem falar com o padrinho político. 

Agora, duas coisas são certas: Haddad terá um papel central no novo governo de Lula. Vai chefiar uma das pastas mais importantes para o futuro do Brasil: o Ministério da Fazenda. Além disso, tem chamado a atenção da imprensa que o ex-ministro da Educação está sempre ao lado do presidente e da futura primeira-dama, Janja. 

Em segundo lugar, não menos importante, é que pela forma como os integrantes da equipe de Lula se comportam, é fácil identificar que ele organiza, instrui, delega responsabilidades e ordens a todos. Um papel dominante, controlador, totalmente diferente daquele Lula que foi demonstrado nos depoimentos colhidos pelo ex-juiz federal, Sérgio Moro, durante a Lava-Jato.

Naquele ambiente e naquele momento em particular, o petista se mostrou mais "alheio" ao que ocorria nos governos do PT e dentro da própria sigla.

Naquela única e peculiar oportunidade, o ex-presidente afirmou "não ter conhecimento de nada" com relação à corrupção entranhada em seu governo. Mas, isso é passado porque Lula voltou. Não aprendeu nada e não esqueceu nada.

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