Síndrome da estafa profissional: Será que eu tenho?

A síndrome de Burnout é compreendida como um distúrbio descrito sob o seguinte tripé: esgotamento emocional, falta de realização pessoal no trabalho e despersonalização, sendo patologia relativamente comum, mas na maioria das vezes subdiagnosticada.

Apenas para que o leitor entenda, vamos esclarecer alguns conceitos importantes para o entendimento da síndrome: a exaustão emocional é caracterizada pelo esgotamento emocional, levando o profissional a não suprir as exigências que lhe são feitas no trabalho, com consequente prejuízo tanto no equilíbrio psicológico quanto na realização de atividades cotidianas. A despersonalização, por sua vez, é definida como a falta de sensibilidade e a falta de delicadeza ao responder às pessoas, culminando em atitude cínica e desumanizada. E baixa realização profissional é entendida como diminuição dos sentimentos de competência em relação aos ganhos pessoais obtidos no trabalho com os indivíduos.

Para diagnóstico da síndrome utiliza-se um questionário, o Maslach Burnout Inventory-Educators Survey, o qual é validado e traduzido para vários idiomas, inclusive o português e que contém as seguintes sentenças: sinto-me como se estivesse no meu limite; sinto-me cansado(a) quando levanto pela manhã e tenho que encarar outro dia de trabalho; sinto-me frustrado(a) com o meu trabalho, entre outras. Cada pergunta do questionário tem pontuação variando de 0 a 6 pontos: 0 (nunca apresento), 1 (tenho isso algumas vezes ao ano), 2 (apresento isso uma vez ao mês ou menos), 3 (algumas vezes durante o mês), 4 (uma vez por semana), 5 (algumas vezes durante a semana) e 6 (todos os dias). Quanto maior a nota, mais doente você se encontra.

Longas jornadas de trabalho, prazos demasiadamente curtos, metas impossíveis, redução do tempo de lazer e uma rotina cada vez menor com a família são fatores que predispõem ao desenvolvimento da doença. Já  o ambiente de trabalho, por sua vez, tem um duplo papel: quando realizado em condições adequadas, é capaz de proporcionar o desenvolvimento dos indivíduos, aumentar a expectativa e a qualidade de vida, ser uma fonte de sustento e favorecer a auto realização. Por outro lado, também pode prejudicar a saúde, favorecer o desenvolvimento de doenças e até levar à morte (não são raros os casos de suicídio).

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