Sem resultados e após atrapalhar a vida do paulistano, metroviários encerram greve em SP
Em assembleia no final da noite, os metroviários decidiram encerrar a greve que paralisou todas as operações nas linhas de transporte público operados pela Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô).
Contra privatizações do transporte público e do serviço de saneamento em São Paulo, trabalhadores do Metrô, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos e da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) resolveram paralisar as suas atividades durante toda a terça (3), o que afetou quatro linhas operadas pelo Metrô e três linhas de trens operadas pela CPTM. Outras duas linhas de trem operadas pela CPTM funcionaram de forma parcial.
Apenas os ônibus municipais e duas linhas privatizadas do metrô e duas linhas de trem operadas pela Via Mobilidade funcionaram. À tarde, essa linha chegou a ficar paralisada entre as estações Morumbi e Villa-Lobos Jaguaré.
“Colocamos o debate das privatizações e as terceirizações na rua. E a nossa avaliação é de que a população apoiou a nossa luta e apoiou o combate às privatizações”, Camila Lisboa, presidente do Sindicato dos Metroviários.
Mas o fato é que a paralização serviu apenas para levar o caos à cidade mais populosa do país.
Foram quase 800 Km de congestionamentos espalhados pela metrópole, no horário de pico de ida e volta de deslocamento dos trabalhadores. Em alguns casos a espera por um ônibus chegou até a duas e muitos desistiram, voltando para casa.
Segundo Camila, há um edital de terceirização marcado para o dia 10 de outubro. E de terceirização marcado para o dia 17 de outubro. E um leilão marcado para o dia 29 de fevereiro, alegando que Tarcísio de Freitas teria mentido.
Mas o republicano respondeu e negou que o processo de privatização já esteja concluído. Segundo ele, as decisões não foram tomadas ainda e a população será consultada.
“Gente, nós estamos estudando. Iniciamos estudos para verificar a viabilidade financeira, para verificar se a gente pode prestar o melhor serviço. Em todo o processo de desestatização e todo o processo de concessão existe um momento da consulta à população, faz parte do rito faz parte do rito audiência pública”, afirmou.
Camila esqueceu de dizer, entretanto, que foram justamente as linhas privadas do Metrô, as únicas a funcionar.
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