PF cumpre ordem de prisão contra servidores da Abin

A Polícia Federal deflagrou, nesta sexta-feira (20), a Operação Última Milha, com o objetivo de investigar o uso indevido, por servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), de um sistema de geolocalização de dispositivos móveis, sem a devida autorização judicial.

De acordo com a PF, 25 mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva estão sendo cumpridos. Também estão sendo realizadas “medidas cautelares diversas da prisão,” nos estados de São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Goiás e no Distrito Federal.

As medidas judiciais foram expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

“O sistema de geolocalização utilizado pela Abin é um software intrusivo na infraestrutura crítica de telefonia brasileira. A rede de telefonia teria sido invadida reiteradas vezes, com a utilização do serviço adquirido com recursos públicos”, informou em nota a PF.

E acrescentou:

“Além do uso indevido do sistema, apura-se a atuação de dois servidores da agência que, em razão da possibilidade de demissão em processo administrativo disciplinar, teriam utilizado o conhecimento sobre o uso indevido do sistema como meio de coerção indireta para evitar a demissão”, acrescentou.

Se condenados, os servidores responderão pelos crimes de invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.

Nota da Redação

Já se sabe, por informações da própria PF, que os atos ilegais cometidos pelos servidores da Abin foram no período em que o atual deputado federal, Alexandre Ramagem, dirigia o órgão, por indicação do então presidente Jair Bolsonaro.

E a notícia deixa evidente que houve a 'invasão' de aparelhos telefônicos particulares, portanto, com grandes possibilidades de terem sido realizadas também escutas de conversas e cópias de dados sigilosos, como documentos, trocas de mensagens e até dados e movimentações bancárias.

A questão é: Quem teriam sido os alvos dos agentes da Abin?

O que só eles sabem?

Contribua com o jornalismo independente pelo PIX: CNPJ: 38.624.673/0001-95

Siga o Jornal O Republicano nas redes sociais:

Facebook: O Republicano | Facebook

Twitter: @_ORepublicano

Instagram: @_ORepublicano