Conservadores avançam com mais uma vitória nas urnas, agora na Suíça

Em um contexto de crise migratória europeia e de ressurgimento da ameaça terrorista na Europa, os conservadores foram os grandes vencedores das eleições realizadas na Suíça, neste domingo (22).

O partido conservador União Democrática do Centro (UDC, na sigla em francês) também conhecido como Partido Popular Suíço (SVP, na sigla em alemão) fez um grande sucesso nas eleições de domingo, tendo conseguido se aproximar do seu resultado histórico de 29,4%, no auge da crise migratória europeia em 2015, diz reportagem da agência de notícias Reuters.

Segundo os analistas, o resultado configura um reforço da posição do UDC, o principal partido político do país, depois de uma campanha eleitoral contra a "imigração em massa" e a favor "neutralidade estrita".

Assim, o partido recuperou os assentos perdidos nas eleições de 2019 e ainda conquistou mais nove assentos suplemementares no Conselho Nacional, a Câmara Baixa do Parlamento).

Uma tremenda derrota para o Partido Socialista suíço (PS), o segundo colocado, que conquistou, também, mais dois assentos, mas conseguiu apenas 17,5% dos votos

Os representantes do PS, claro, apelaram para as narrativas de esquerda já bem conhecidas aqui no Brasil, chamando seus adversários de 'extrema direita':

"Temos uma progressão muito clara da UDC para a extrema-direita. Vai ser mais difícil lutar pelo poder de compra, pela igualdade e pela política climática", disse Cédric Wermuth, copresidente do Partido Socialista suíço (PS) à agência France Presse (AFP).

Outro partido de tendência esquerdista, o Verdes (com apelo ecológico), obteve apenas 10%. Sua liderança também tentou desmerecer a vitória dos conservadores:

Lisa Mazzone, deputada dos Verdes, explicou que a campanha eleitoral ocorreu em um “contexto duro de violência e medo”. 

"Há muitas guerras em curso e as pessoas estão se recolhendo em suas próprias identidades" acrescentou Nicolas Walder, vice-presidente dos Verdes, em uma entrevista ao canal público suíço RTS.
"Há quatro anos, as pessoas eram um pouco mais idealistas e progressistas, o que explicava o bom desempenho dos Verdes, mas agora as pessoas estão mais preocupadas com a segurança e são novamente mais conservadoras", afirmou Michael Hermann, cientista político da empresa de sondagens Sotomo, segundo a agência Reuters.

Em resumo, uma evidente demonstração de que a população relaciona a esquerda aos tempos recentes em que o terrorismo, a imigração em massa e a insegurança pública como um todo, avançam na Europa e no mundo

E, como solução, eles buscam a retomada dos tempos seguros, vejam só, no conservadorismo e nas medidas aplicadas por seus dirigentes.

Uma dura derrota para a esquerda e uma tendência para as eleições que serão realizadas pelo mundo, desde já.

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Com informações de Reuters