'Estudantes' da USP fazem birra e ocupam administração, após aviso sobre risco de reprovação por faltas

A Reitoria da Universidade de São Paulo (USP) divulgou um comunicado informando que o calendário acadêmico não foi alterado e que se os estudantes continuarem em greve podem ser reprovados por falta.

A mobilização dos estudantes começou no dia 19 de setembro na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), e, dias depois, vários institutos da universidade aderiram ao protesto.

Agora, após cinco semanas, segundo o comunicado os estudantes não terão mais como repor as aulas. O calendário acadêmico não vai ser alterado e termina no dia 22 de dezembro.

A Diretoria da Associação de Docentes da USP (Adusp) disse que recebeu o informe com "indignação" e encaminhou, nesta quinta-feira (26), ao Conselho de Graduação da USP (CoG) um ofício no qual solicita que a normativa seja revogada.

“É retaliação ao movimento estudantil, uma vez que limita a possibilidade de reposição de aulas e estabelece redução no percentual de frequência, o que pode resultar em reprovações indevidas e injustificadas”, diz a entidade.

Na prática, a ameaça significa que alguns alunos poderão perder a vaga na instituição, pois não é permitido reprovação em todas as disciplinas em um mesmo semestre.

O Diretório Central de Estudantes (DCE) da USP organizou um protesto nesta quinta-feira (26). Em nota, eles dizem que a possibilidade de reprovação é uma punição política.

A greve foi motivada pela falta de professores. Segundo o DCE, alguns cursos podem ser extintos por falta de docentes e funcionários como os cursos de Letras-Coreano, Editoração, Pedagogia de Ribeirão Preto e Formação de Atores.

Revoltados, os 'estudantes' votaram pela continuidade da greve e, mais, invadiram e agora ocupam o prédio da administração da USP, no campus, em SP.

Em outra nota, divulgada nesta sexta-feira (27), o reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior nega que a intenção do comunicado tenha sido a de “promover perseguição e retaliação de qualquer natureza”. Segundo Carlotti Junior, a circular pretendia alertar a comunidade acadêmica para a necessidade de encerrar m bom termo nosso semestre letivo”.

A nota informa ainda que as unidades que tiveram paralisação poderão fazer adaptações de conteúdo nas disciplinas até 22 de dezembro de 2023, data final do ano letivo. As notas relativas a essas disciplinas serão lançadas até o dia 9 de fevereiro de 2024, conforme calendário vigente.

“Torna-se factível o cumprimento da frequência mínima exigida regimentalmente. Caberá a cada docente, em consonância com sua Unidade, consolidar a frequência dos estudantes no semestre, levando em consideração as situações específicas. Portanto, com a volta às aulas, não há risco de que alunas e alunos, especialmente do primeiro ano, venham a ser prejudicados”, diz o texto.

O comunicado foi feito... se contiuarem, estarão à própria sorte!

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