50 anos depois, justiça tenta 'punir' família de coronel acusado por crimes durante regime militar no Brasil

O ódio mortal nutrido pela esquerda contra Jair Bolsonaro, depois que o ex-presidente e, então deputado, homenageou o ex-coronel do Exército Carlos Alberto Brilhante Ustra, na sessão que ratificou o impeachment de Dilma Roussef na Câmara dos Deputados, em 2016, continua surtindo efeitos, agora contra a família do falecido militar.

Ustra é acusado de alguns crimes durante o regime militar, entre eles, o de ter assassinado o jornalista Luiz Eduardo Merlino, morto em julho de 1971.

Corre no Superior Tribunal de Justiça (STJ) um julgamento, iniciado em junho deste ano, de um recurso para restabelecer a condenação do ex-coronel (falecido em 2015), que prevê ainda a indenização da família de Merlino.

Após sucessivos adiamentos, o caso voltará a julgamento na Quarta Turma do tribunal, nesta terça-feira (7)

O colegiado analisa a legalidade da decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) que derrubou a decisão de primeira instância que condenou os herdeiros de Ustra a pagarem R$ 100 mil para a viúva, Ângela Mendes de Almeida, e a irmã de Merlino, Regina Almeida, além de reconhecer a participação do então coronel nas sessões de tortura que mataram o jornalista.

O relator, ministro Marco Buzzi, votou pela anulação da decisão do tribunal paulista e determinou que a primeira instância julgue o caso novamente.

Buzzi entendeu que os crimes atribuídos a Ustra podem ser considerados contra a humanidade. Dessa forma, a pretensão de reparação às vítimas e seus familiares não prescreve.

O ministro acrescentou que a Lei de Anistia, aprovada em 1979 para anistiar crimes cometidos durante a ditadura, não impede o andamento das ações indenizatórias, que são de matéria cível.

Em seguida, a ministra Maria Isabel Galotti votou para manter a decisão da justiça paulista que considerou o caso prescrito.

Portanto, com o 'placar' em 1 a 1, faltam os votos dos ministros João Otávio de Noronha, Antonio Carlos Ferreira e Raul Araújo..

Contribua com o jornalismo independente pelo PIX: CNPJ: 38.624.673/0001-95

Siga o Jornal O Republicano nas redes sociais:

Facebook: O Republicano | Facebook

Twitter: @_ORepublicano

Instagram: @_ORepublicano

Com informações de Agência Brasil