Em depoimento à PF, Zambelli atropela falsas narrativas do hacker da Vaza Jato

O depoimento da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP)  ocorreu nesta terça-feira (14), à Polícia Federal.

No centro do inquérito, as acusações do hacker Walter Delgatti Neto contra a parlamentar, feitas também durante fala à PF.

O rapaz era conhecido no cenário nacional pelos atos criminosos de invasão a contas e redes sociais de membros do MPF e do ex-juiz Sérgio Moro, com vazamentos de dados e mensagens, no caso que ficou conhecido como 'Vaza Jato'.

Após conhecer Delgatti, de maneira informal, Zambelli teria, segundo ele, utilizado seus serviços para uma série de ações, como a inserção de um mandado de prisão contra o ministro do Supremo Alexandre de Moraes e ainda de outros 11 alvarás de soltura, todos documentos falsos.

Ela ainda foi acusada de levar Delgatti à presença do ex-presidente Jair Bolsonaro (então no final de mandato) com o suposto propósito de promover um ataque às urnas eletrônicas, entre outras narrativas 'sem pé nem cabeça'.

O hacker também alegou ter recebido R$ 40 mil da deputada, para que fizesse uma invasão aos sites do poder judiciário.

Em seu depoimento, Carla apresentou provas e derrubou, uma a uma, as mentiras de Walter, apontando ainda um grave transtorno psicológico do rapaz, com evidentes traços de mitomania, uma característica das pessoas que mentem compulsivamente e criam situações fantasiosas.

Zambelli demonstrou que houve um pagamento efetivo de R$ 3 mil reais para a construção da matriz de um novo site pessoal - o que nunca chegou a ser efetivamente realizado, levando ao rompimento do contrato - e também uma outra transferência de R$ 10 mil, esta feita por um ex-assessor parlamentar, mas em uma negociação particular de compra de garrafas de whisky importado.

As provas desta outra transação também foram apresentadas anteriormente e as investigações, em curso na PF desde agosto passado, já haviam sido dadas como encerradas antes mesmo do depoimento da parlamentar.

O jovem assessor, hoje lotado no gabinete do irmão de Carla (o deputado estadual paulista Bruno Zambelli-PL), é amigo da família de longa data e funcionário de confiança, cumprindo jornada na Alesp e com uma vida sem luxos, tendo inclusive trabalhado como motorista do aplicativo de transporte Uber, em alguns períodos.

Sobre o encontro com Bolsonaro, a deputada confirmou a visita de Delgatti ao Palácio do Alvorada, mas demonstrou que houve apenas um breve diálogo, no qual o hacker disse que poderia demonstrar falhas nas seguranças das urnas eletrônicas.

Walter foi encaminhado, então, para autoridades das Forças Armadas especializadas no assunto, a fim de que comprovasse suas afirmações, com o propósito de apresentá-las, posteriormente, ao TSE.

Porém, mais uma vez, tratava-se de um blefe do 'mitômano'.

Torna-se óbvio que Zambelli foi 'vítima' de uma traiçoeira armação do fanfarrão e que, muito provavelmente, há outros por trás dos atos praticados contra ela.

Excelente parlamentar  - com presente e futuro brilhantes e votação expressiva de quase um milhão de eleitores no pleito de 2022 - precisa ficar atenta e 'filtrar' os que dela tentam se aproximar.

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