Entediado? Kim Jong-un usa artilharia pesada na fronteira com a Coréia do Sul

A situação na península coreana escalou nesta sexta-feira (5) com a Coreia do Norte realizando mais de 200 disparos de artilharia perto da fronteira marítima com a Coreia do Sul.

Em resposta, as autoridades sul-coreanas das ilhas de Yeonpyeong e Baengnyeong ordenaram que os moradores buscassem abrigos antibombas, embora não tenha sido especificado se a medida foi uma reação direta aos disparos norte-coreanos.

O Ministério da Defesa da Coreia do Sul não confirmou imediatamente a causa da evacuação, mas uma mensagem de texto enviada aos residentes das ilhas indicava a realização de um "exercício de fogo naval" pelas tropas sul-coreanas.

O Exército da Coreia do Sul, por meio de seu porta-voz Lee Sung-joon, confirmou que não houve danos civis ou militares no Sul devido aos disparos norte-coreanos. Lee classificou a ação como "um ato de provocação que aumenta a tensão e ameaça a paz na península coreana".

Os projéteis disparados pela Coreia do Norte caíram no lado norte da fronteira marítima, com o Exército sul-coreano mantendo vigilância sobre os movimentos norte-coreanos em cooperação com os Estados Unidos. Em resposta, Seul afirmou que tomará "medidas correspondentes" às ações de Pyongyang.

Pyongyang, por sua vez, justificou os disparos como uma reação às atividades militares do Sul, referindo-se às autoridades sul-coreanas como "gângsteres" e negando qualquer impacto sobre a segurança das ilhas sul-coreanas.

As Forças Armadas da Coreia do Sul também realizaram disparos após uma situação não especificada na fronteira, embora não esteja claro se isso fazia parte de um exercício ou se tinha outra motivação.

A tensão aumenta à medida que a Coreia do Norte muda sua política em relação ao Sul, tratando-o cada vez mais como um Estado inimigo e separado, uma abordagem que difere das décadas de tentativas de reconciliação e unificação. Analistas sugerem que essas mudanças podem levar a um cenário onde o Ministério das Relações Exteriores norte-coreano assuma o controle das relações com o Sul e justifique o uso de armas nucleares contra Seul em um possível conflito futuro.

Nota da Redação

Vale lembrar que, tecnicamente, as Coréias do Sul e do Norte estão em guerra desde junho de 1950, em um conflito iniciado cerca de dois anos após a divisão do país, em 1948 (fruto de acordos relacionados ao final da Segunda Guerra Mundial entre os Estados Unidos e a antiga União Soviética).

Naturalmente, sob os olhares do Kremlin, os norte-coreanos se tornaram uma ditadura comunista, atualmente considerada a 'mais fechada do planeta'.

Em julho de 1953, após invasões de lado a lado e batalhas sangrentas, enfim, veio a trégua, mas desde então  jamais foi assinado um tratado que formalizasse o fim da guerra.

Em todas essas décadas, a Coréia do Sul buscou o diálogo e procurou uma relação de respeito e reconhecimento, enquanto a Coréia do Norte, agora com o deslumbrado filhote de ditador, Kim Jong-un, tem investido suas atenções na modernização de suas armas e no uso contínuo das mesmas, sob alegação de testes e manobras.

Nos últimos dias, entretanto, o rapaz demonstrou estar deprimido e chegou a chorar ao vivo na TV, falando sobra a 'importância das mães engravidarem'... ele parece mesmo entediado e, talvez, tenha resolvido usar seus 'brinquedinhos'.

Ao que tudo indica, até mesmo esta longa trégua pode chegar ao fim.

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