Atletas muçulmanos levam rivalidade para o esporte e se recusam a disputar Jogos Olímpicos com israelenses

O judoca argelino Fethi Nourine recusou lutar com o israelense Tohar Butbul na Olimpíada de Tóquio e disse que fez isso em favor da causa Palestina.

Esse episódio deselegante é mais uma pedra posta no chão sem fim da guerra entre Israel e Palestina, que já dura no mundo dos esportes há 49 anos.

Em setembro de 1972, durante os Jogos de Munique, o grupo terrorista palestino "Setembro Negro" atacou a delegação israelense e matou 17 pessoas: cinco atletas de Israel. O "Massacre de Munique" e transformou os métodos de segurança nas edições olímpicas.

Em 2004, o judoca meio-leve iraniano Arash Miresmaeili foi excluído dos Jogos de Atenas por se negar a enfrentar o israelense Ehud Vaks. Em 2011, no Campeonato Mundial de Luta Olímpica, em Istambul, o medalhista de bronze no estilo greco-romano até 96kg, na edição de 2007, o iraniano Rezaei, não apareceu para a luta de estreia contra o israelense Robert Avanesyan.

Mohsen Hajipour, do Irã, campeão asiático nos 55 kg, perdeu o combate com Donior Islamov, da Moldávia. O atleta decidiu não comparecer à luta, quando soube que o vencedor disputaria a final com o israelense Vladimir Tsaryuk.

Já em julho de 2011, no Mundial de Natação, em Xangai, o iraniano Mohammed Ali Rezaei se recusou a cair na piscina para disputar a mesma bateria com o israelense Gal Nevo. A delegação do Irã até tentou justificar que o nadador estava doente. Mas, o fato é que a explicação foi a mesma dada quando ele não competiu nos Jogos Olímpicos de 2008 e no Mundial de 2009 em baterias com israelenses também.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) reuniu os Comitês Olímpicos Nacionais de Israel e Palestina para "selar a paz", mas não obteve sucesso.

Em todos os episódios narrados, os israelenses não se negaram a disputar com os “meio-irmãos”.

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