SP lança aplicativo para atendimento a vítimas de picadas de animais peçonhentos

A Secretaria de Estado da Saúde lançou uma ferramenta online para facilitar a localização e identificação dos 220 pontos de atendimento soroterápico para vítimas de escorpião, aranha, serpente e lagartas. O Mapa Interativo, desenvolvido pelo Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE), fornece as informações necessárias para buscar ajuda em emergências, sobretudo, no período quente e chuvoso, época em que este tipo de acidente mais acontece.

Em 2023, o Estado de São Paulo registrou 70.800 acidentes notificados com animais peçonhentos e 23 óbitos, sendo que 444 acidentes ocorreram na capital. Os municípios com mais registros foram Araçatuba (7.340 casos), São José do Rio Preto (6.753 casos) e Ribeirão Preto (4.174 casos).

Além de facilitar a localização dos pontos de distribuição de soro, o Mapa Interativo visa diminuir o tempo entre o acidente e o tratamento, possibilitando que a vítima seja levada imediatamente ao serviço de saúde mais próximo e receba o tratamento adequado em um menor espaço de tempo.

“Fatores como o aumento da urbanização, desmatamento, turismo ecológico e alterações climáticas podem estar relacionados ao crescimento de casos. O aumento da oferta de detritos alimentares proporciona um ambiente ideal para a proliferação de roedores e baratas, que por sua vez possibilita aumento do número de serpentes, escorpiões e aranhas em convívio mais próximo com o ser humano”, explica a médica veterinária do CVE, Gisele Freitas.

Crianças de até 10 anos precisam receber o soro antiescorpiônico em até 1h30 após terem sido picadas por escorpião. “Se uma criança saudável começar a chorar intensamente e aparentar muita dor, é necessário pensar em acidente com escorpião e procurar atendimento médico imediatamente”, alerta a especialista.

Para acessar a ferramenta, clique no endereço: https://cievs.saude.sp.gov.br/soro/

Dicas para prevenir acidentes

  • Usar calçados e luvas nas atividades rurais e de jardinagem;
  • Examinar calçados, roupas pessoais, de cama e banho, antes de usá-las;
  • Afastar camas e berços das paredes e evitar pendurar roupas fora de armários;
  • Não acumular entulhos e materiais de construção;
  • Limpar regularmente móveis, cortinas, quadros, cantos de parede;
  • Vedar ralos, frestas e buracos em muros, paredes, assoalhos, forros e rodapés;
  • Evitar plantas tipo trepadeiras e bananeiras junto às casas e manter a grama sempre cortada;
  • No amanhecer e no entardecer, evitar a aproximação da vegetação muito próxima ao chão, gramados ou até mesmo jardins, pois é nesse momento que serpentes estão em maior atividade;
  • Não mexer em colmeias e vespeiros. Caso estejam em áreas de risco de acidente, contatar a autoridade local para a remoção.

O que fazer em caso de acidente?

  • Levar a vítima imediatamente ao serviço de saúde mais próximo para que possa receber o tratamento adequado em tempo;
  • Lavar o local da picada com água e sabão;
  • Não fazer torniquete ou garrote;
  • Não furar, cortar, queimar, espremer ou fazer sucção no local da ferida;
  • Não aplicar folhas, pó de café ou terra (pode provocar infecções);
  • Não ingerir bebida alcoólica, querosene ou fumo, como é costume em algumas regiões do país;
  • Se não oferecer risco, acondicionar o animal em frasco tampado ou fotografá-lo para facilitar a identificação e tratamento adequado.

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Fonte: Governo de SP