Luciano Pavarotti, a personificação da Ópera do Século XX

Nascido em 12 de outubro de 1935 no Norte da Itália, em Módena, Luciano Pavarotti era filho de um padeiro e tenor amador e de uma funcionária de fábrica de cigarros. Mesmo tendo influência por parte do pai em seguir a carreira musical, em sua infância almejava se tornar jogador de futebol. Mas, começou a cantar com seu pai em um pequeno coral local, com apenas nove anos de idade e, logo após o primeiro contato com o meio musical, passou sete anos fazendo treino vocal. Mais tarde, graduou-se na Escola Magistrale e passou a lecionar em uma escola primaria.

Em 1954, aprofundou os estudos sobre a música e, um ano mais tarde, cantou pela primeira vez ao lado de seu pai, no Corale Rossini, um famoso coral masculino de Módena.

Iniciou a carreira como tenor em pequenas casas de óperas. Em 1961, apresentou-se no papel de Rodolfo, na ópera La Bohème, de Giacomo Puccini, no Teatro Municipale, em Reggio Emilia, na Itália. E, em 1963, fez grande sucesso com a mesma interpretação em uma montagem de La Bohème, porém em Covent Garden, em Londres.

A estreia nos palcos dos Estados Unidos ocorreu em 1965, na grande Ópera de Miami, ao lado de Joan Sutherland. No ano seguinte, reviveu a ópera de La Bohème, ao lado de uma parceira de infância, Mirella Freni, no La Scala. Contudo, o grande sucesso nas terras americanas só veio mesmo em 1972, quando levou uma produção de La Fille du Régimente, no Metropolitan Opera House, em Nova Iorque. O sucesso foi tanto que chegou a retornar dezessete vezes aos palcos do país.

Luciano Pavarotti deu à ópera uma visibilidade sem igual. Gravou versões de óperas extremamente famosas, mas fazia sucesso com os discos em que investia somente árias conhecidas. Seguindo por esse caminho pop, atingiu ouvintes em uma escala nunca vista antes. “Os Três Tenores”, projeto que dividiu com Plácido Domingo e José Carreras, em 1990, resultou em um dos discos mais vendidos da música clássica.

Pavarotti também cantou ao lado de roqueiros, ficando à frente dos conceitos filantrópicos; o que lhe trouxe ainda mais sucesso e conhecimento, visto que se tornaram grandes CDs. O grande tenor também passou pelo Brasil, em 1998, e cantou com Roberto Carlos “Ave Maria” e “Sole Mio”, no Estádio Beira Rio, em Porto Alegre.

Entre parcerias e projetos solos, durante toda sua carreira musical, Luciano vendeu mais de 70 milhões de discos. O corpo grande e o estilo bom vivant chamava a atenção do público e o tornava uma figura diferenciada. Porém, mesmo com todo esse sucesso a grandiosa carreira do tenor estava com os dias contados.

Em 2004, fez sua última turnê e, em 2006, cantou “Nessun Dorma”, para a cerimônia de abertura dos jogos olímpicos de inverno, em seu país. Tragicamente, nesse mesmo ano foi diagnosticado com câncer no pâncreas, passando por diversas internações e uma operação. A doença foi devastadora e ele faleceu em sua cidade natal, no ano seguinte, em 6 de setembro, deixando um magnífico legado, que popularizou mundialmente a ópera.

Siga o Jornal O Republicano nas redes sociais:

Facebook: O Republicano | Facebook

Twitter: @_ORepublicano

Instagram: @_ORepublicano