Para prevenir sexualização, ginastas alemãs aderem a roupas de corpo inteiro

A equipe de ginástica olímpica feminina da Alemanha surpreendeu o público ao disputar os jogos vestida de macacões de corpo inteiro nas eliminatórias das Olimpíadas. Técnicas e atletas justificaram promoção da liberdade de escolha e encorajamento das mulheres para usar a nova vestimenta.

As ginastas Sarah Voss, Pauline Schaefer-Betz, Elisabeth Seitz e Kim Bui, competiram, no domingo (25), com macacões vermelhos, brancos e pretos, uma combinação de collant e leggings que se estendem até os tornozelos.

Na quinta-feira (22), as atletas já haviam treinado com os collants de corpo inteiro e aviso que poderiam optar por usá-los novamente durante a competição. Sarah Voss, 21, disse que a equipe discutiu a escolha do traje, achou confortável e resolveu usá-lo.

- Queremos ter certeza de que todas se sintam confortáveis e mostramos a todos que podem usar o que quiserem e ter uma aparência incrível, uma sensação incrível, seja em uma malha longa ou curta - argumentou, acrescentando que, no campeonato europeu, em abril deste ano, já tinha utilizado a vestimenta para, segundo ela, coibir a sexualização do esporte.

Nos últimos anos, o esporte sofreu com denúncias de abuso sexual e físico, o que levou à introdução de novos protocolos de segurança para proteger os atletas.

Para as mulheres, o traje padrão de competição é um collant, com opções de manga comprida, meia manga e sem mangas. Já as roupas que cobrem as pernas, geralmente, só eram utilizadas por motivos religiosos. Até agora.

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