Edgar Allan Poe, o mestre do terror literário

O ano era o de 1809, em Boston, nos Estados Unidos, nascia o mestre universal de curtas histórias de horror, o pioneiro do gênero em seu país. Seus pais biológicos eram atores ambulantes e, ainda criança, Edgar tinha apenas um ano de idade, quando o pai abandonou família; deixando, a mãe e os três filhos para trás.

Tragicamente, no ano seguinte, a mãe de Allan Poe morre de enfermidades e os três irmãos ficam sozinhos no mundo. Não muito tempo depois, Edgar foi adotado por um rico comerciante escocês e, logo, ganhou o sobrenome Allan. Porém, aquela foi a última vez que viu seus dois irmãos, uma vez que a adoção os separou, eternamente.

Em seu novo lar, teve tudo do bom e do melhor. Estudou nos melhores colégios, tinha uma mãe amorosa e a comida em sua mesa era sempre farta. Fez seus primeiros estudos na Escócia, em Glasgow, e, depois, em um internato em Londres; onde a família se estabeleceu.

De volta aos Estados Unidos, continuou seus estudos em uma escola em Virgínia, Richmond. Em 1823, escreveu seus primeiros poemas. E, em 1826, ingressou na Universidade de Virginia. Apesar da desenvoltura com as letras e os estudos, nesse período, viciou-se em álcool e apostas; o que agravou ainda mais a relação que com seu pai adotivo, que zelava muito por sua vida acadêmica e rejeitava a ideia de um dia seu filho se tornar escritor.

Assim, em 1827, publicou seu primeiro livro de poemas “Tarmelão e Outros Poemas”. Dois anos mais tarde, passou a viver com sua tia e sua prima; já que o pai recusava-se a sustentar o filho, ao descobrir que todo o dinheiro que investia na faculdade do jovem era consumido em vícios.

Como forma de se redimir com seu pai que tanto o ajudava, em 1830, Allan ingressa para a Academia Militar de West Point. Entretanto, oito meses depois, foi expulso por comportamento inadequado. Nessa mesma época, sua mãe adotiva morre e Edgar chocou-se ao ver seu pai com outra moça em um curto período de tempo. Após calorosa discussão, nunca mais se viram e Edgar ficou de fora do testamento do pai.

Mente criativa, inquieta e brilhante, Allan Poe não para de escrever, apesar das adversidades. Em 1831, publica seu livro “Poemas”. Em 1833, recebe um prêmio do Saturday Visitor, por seu “Manuscrito Encontrado Numa Garrafa”. E, em 1835, torna-se o editor literário da Soltber Literary Messenger. Nesse mesmo ano, aos 27 anos, casa-se com sua prima de apenas 13. Mas, por conta do vício em álcool, foi demitido do trabalho e, para sobreviver, se muda para Nova Iorque; onde trabalhou em alguns periódicos.

Mesmo sobrevivendo nas piores situações, Allan Poe não consegue parar de escrever suas obras de horror. Inacreditavelmente, era produzindo as histórias de terror que ele ficava em paz. Já, em 1847, a esposa de Edgar morre e o vício em bebidas piora.

Em 7 de outubro de 1849, Edgar Allan Poe falece, aos 40 anos de idade, após ter sumido por uma semana e ser encontrado bêbado em uma sarjeta; delirando palavras sem sentido. Seus últimos dias foram no Hospital de Baltimore. A causa da morte do escritor é desconhecida até hoje.

Mesmo com uma vida cheia de tragédias, perdas e desaprovações, Edgar não deixou de escrever. As obras do americano são aclamadas pelo público de horror e pelo meio literário. A precisão com que Allan usava as palavras era inigualável. Ao ler o texto, o leitor entrava no mundo obscuro de Poe e se sentia realmente aflito e introduzido nos contos do mestre do suspense. Entre as histórias de mais sucesso de Poe, está “O Corvo”.

É considerado o criador dos contos policiais, seus poemas mergulham na tristeza e narrativa de morte que, claramente, refletem os tormentos do autor. Sua primeira novela policial foi “Assassinatos na Rua Morgue”, o qual influenciou depois outros autores e histórias como Sherlock Holmes.

Entre as frases célebres do autor, uma ele sempre repetia: “A solidão é o lugar mais seguro que eu conheço.”

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