Presidente do Flamengo pode ser preso por prejuízo de R$ 100 milhões

O Ministério Público Federal (MPF) de Brasília denunciou à Justiça, Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, Demian Fiocca, ex-presidente do BNDES e outras três pessoas. Eles são acusados de gestão fraudulenta por terem atuado em uma operação financeira que causou prejuízo de R$ 100 milhões a fundos de pensão de funcionários de estatais.

A “Operação Greenfield”, da Procuradoria da República no Distrito Federal, apurou que Landim e os demais eram gestores do Fundo de Investimento em Participações Brasil Petróleo 1, que captou recursos da Funcef (aposentados da Caixa), Petros (da Petrobras) e Previ (do Banco do Brasil), de 2011 a 2016.

A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), órgão que fiscaliza os fundos de pensão, destacou que a Funcef investiu R$ 102 milhões no FIP Brasil Petróleo 1 e teve prejuízo de R$ 92 milhões. A Petros aportou também R$ 102 milhões e teve perda de R$ 92 milhões e a Previ investiu R$ 76 milhões e perdeu R$ 69 milhões. Ou seja: todas as instituições tiveram prejuízo na quase totalidade do montante investido.

A FIP Brasil Petróleo 1 realizou uma manobra ilegal e transferiu os recursos recebidos para uma empresa nos Estados Unidos; o que não é permitido pelo regulamento da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Foi Landim quem deu aval à manobra.

- A instrução normativa 391/2003 da Comissão de Valores Mobiliários é expressa ao vedar a aplicação de recursos de FIPS no exterior, ainda que de forma indireta - diz o procurador Anselmo Lopes na denúncia.
- Por todo o exposto, conclui-se que os acusados Luiz Rodolfo Landim Machado, Demian Fiocca, Nelson José Guitti Guimarães, Geoffrey David Cleaver e Gustavo Peixoto concorreram, conjuntamente, para a prática do crime previsto no art 4º, caput, da Lei 7.492/1986, ao atuarem ardilosamente para permitir o investimento em empresa estrangeira - escreveu o procurador a 10ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal.

O crime prevê pena de reclusão de três a doze anos e multa.

A Ascom do Flamengo disse que o assunto “em nada diz respeito ao clube”.

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