Dostoiévski, um dos maiores romancistas e pensadores da história

Fiódor Mikhailovitch Dostoiévski nasceu em Moscou, Rússia, no dia 11 de novembro de 1821. Filho de Mikhail Dostoiévski e Maria Fiodorovna Netchaiev, ficou órfão de mãe no dia 27 de fevereiro de 1837. No mesmo ano, foi enviado para São Petersburgo, onde ingressou na Escola de Engenharia Militar. Contudo, tragicamente, em 1839, seu pai foi assassinado por colonos da fazenda onde vivia, ficando órfão de pai também. O fatídico acontecimento provocou grandes transtornos na vida de Dostoiévski que, sabendo da morte de seu pai, teve seus primeiros ataques de epilepsia.

Suas primeiras obras iniciaram quando Fiódor dedicou-se a compor dois dramas históricos, “Boris Godunov e Maria Stuart”, porém nunca os concluiu. Já dois anos mais tarde, terminou seus estudos, e passou a trabalhar na seção de engenharia de Petersburgo. Entretanto, demitiu-se em 1844, e nessa época escreveu seu primeiro romance, “Pobre Gente”, onde descrevia a miséria do ambiente em que vivia. A obra foi publicada em 1846.

Em 1847, publicou a segunda arte de “Gente Pobre” e, em seguida, outra obra, “O Duplo”, que não teve tanto sucesso. Consequentemente, suas obras, que eram tão elogiadas, passaram a declinar. Isso fez com que o autor, frustrado, começasse a se questionar sobre sua carreira na escrita e se isolasse da sociedade.

No mesmo ano, Fiódor Dostoiévski envolve-se na conspiração do revolucionário Mikhail Petrashevsky no combate ao regime de Nicolau I. Por isso, foi preso e condenado à morte. Mas, no último momento, teve a sua pena comutada em deportação. E, então, passa cinco anos na Sibéria cumprindo sua pena através de árduos trabalhos forçados, sempre na companhia de violentos e perigosos criminosos. Ainda assim, mesmo passando mais cinco anos como soldado no batalhão siberiano, casou-se com Maria Issáievna.

Em novembro de 1859, Dostoiévski volta para São Petersburgo transformado. As duras experiências e aprendizados são descritos em suas obras “Casa dos Mortos” (1861) e em “Memórias do Subsolo” (1864).

“Os Irmãos Karamázov” (1880) foram o último livro de Dostoiévski e também sua obra-prima. O romance desafia a noção que, na ausência de leis morais, o homem é livre para fazer o que ele escolher. Ou seja: tudo é permitido.

Por ser extremamente religioso, seus romances abordavam a questão existencial. A comédia e a sátira se misturam em seus textos com a culpa, humilhação e solidão, traços que até hoje cativam os leitores. O escritor também não se intimidava em escrever sobre as questões políticas e religiosas de sua época. Os trágicos acontecimentos que se fizeram em sua vida influenciaram bastante em seus livros, que tratam de questões sociais e reais.

Fiódor Dostoiévski, morre aos 59 anos, em 9 de fevereiro de 1881. A causa de sua morte foi um ataque epilético, doença pela qual era afligido desde os tempos de criança.

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