“Parabenizo a todos que lutam por liberdade e eleições limpas”, diz Bolsonaro sobre manifestações em favor da impressão do voto eletrônico

A declaração do presidente Jair Bolsonaro foi dada por telefone, neste domingo (1), durante manifestação que ocorria na Avenida Paulista, em São Paulo, com a participação de milhares de pessoas nas ruas.

- Parabenizo a todos que lutam por liberdade e eleições limpas. É uma obrigação de quem está do lado de cá que tenha contagem pública do voto e uma forma auditável. Ninguém aqui é dono da verdade. Ninguém pode fazer uso de governo - disse.

Os manifestantes se concentraram em frente ao Museu de Arte e São Paulo Assis Chateaudriand (Masp) e reivindicaram a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 135/2019, que tenta garantir aprovação junto ao Congresso Nacional da impressão do voto eletrônico como forma de auditagem para as eleições de 2022.

Bolsonaro repetiu o que já vinha dizendo em outras ocasiões, que só deseja poder participar de eleições “limpas, transparentes e democráticas” e voltou a afirmar que, caso a PEC do voto impresso seja derrotada na comissão especial, o motivo seria a pressão que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e também presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luis Roberto Barroso e outros colegas de Corte têm feito em cima dos parlamentares.

A deputada Carla Zambelli, que participava dos atos em São Paulo, concordou com o presidente:

- A pressão é muito grande. Quando nós aprovamos o tema em comissão tínhamos 33 votos a 5. Os parlamentares eram todos favoráveis. Mas a pressão que vem do TSE é muito grande - explicou.

A apreciação do tema ficou por muito tempo parada na mesa do então presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Mas o atual, Arthur Lira (PP-AL), autorizou a formação da Comissão Especial para tratar do assunto. Inicialmente, havia maioria para aprovar a PEC na Comissão. Mas, em uma jogada coordenada com TSE e STF, partidos políticos de centro e centro-direita trocaram membros que eram favoráveis ao tema por parlamentares contrários. O objetivo é evitar que a matéria vá ao Plenário.

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