Crise e Fraude: PDT se afasta de Lula após escândalo bilionário no INSS

Brasília – A base de sustentação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sofreu mais um duro golpe nesta terça-feira (6). A bancada do PDT na Câmara dos Deputados, com 17 parlamentares, decidiu romper com o governo após o escândalo que estourou no INSS e que culminou na saída do ministro da Previdência, Carlos Lupi. A fraude, que envolve descontos irregulares em aposentadorias, movimentou mais de R$ 6 bilhões e escancarou o caos administrativo que se tornou marca registrada do petismo.

O líder da bancada, deputado Mário Heringer (MG), afirmou que o partido agora atuará de forma “independente”, tentando se descolar do desgaste da esquerda. Apesar de afirmar que a saída não é uma “retaliação” pela demissão de Lupi, o parlamentar admitiu que a fraude no INSS foi “a gota d’água”.

“Esse problema com o governo já se arrastava. A questão do INSS é gravíssima. É o dinheiro do povo brasileiro sendo saqueado dentro de um esquema que, mesmo começando em 2019, continuou sob os olhos fechados do atual governo”, declarou Heringer.

Carlos Lupi, presidente do PDT e nomeado por Lula para o comando da Previdência, esteve presente na reunião do partido em Brasília. Mesmo com a substituição por outro nome da mesma sigla, o ex-deputado Wolney Queiroz, o estrago político está feito.

Segundo Heringer, o governo Lula nunca tratou o PDT com respeito e reciprocidade. “Apoiamos o governo, mas não recebemos nada em troca. Nem respeito. E ainda somos arrastados para dentro de uma crise que não provocamos”, disse.

Escândalo no INSS: dinheiro do aposentado no ralo

O escândalo que levou à queda de Lupi envolve um gigantesco esquema de descontos ilegais em aposentadorias e pensões do INSS. A Polícia Federal e a CGU investigam movimentações bilionárias em mensalidades associativas não autorizadas, cobradas diretamente dos benefícios dos mais vulneráveis — os aposentados brasileiros.

Apesar de o esquema ter início durante o governo Bolsonaro, foi sob Lula que as irregularidades prosperaram sem qualquer controle. Pelo menos cinco nomes ligados ao governo foram afastados, incluindo o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto. A omissão da atual gestão levanta sérias dúvidas sobre a capacidade — ou a vontade — de combater a corrupção.

O caso só reforça a percepção de que o governo Lula, mais preocupado em distribuir cargos e agradar partidos aliados, abandonou qualquer compromisso com a boa gestão e a transparência. Para a população que depende da Previdência, resta a indignação.

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