Lula celebra com Putin os 80 anos da vitória soviética em meio a crise de valores no Ocidente


Enquanto o Brasil enfrenta desafios internos e uma crescente desilusão popular com os rumos do governo federal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva escolheu prestigiar, nesta sexta-feira (9), em Moscou, a tradicional parada cívico-militar promovida pelo regime russo para celebrar os 80 anos da vitória da extinta União Soviética sobre a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial.
A cerimônia ocorre na icônica Praça Vermelha, palco de demonstrações de força militar, onde o presidente brasileiro se junta ao autocrata Vladimir Putin — acusado de crimes de guerra e isolamento internacional após invadir a Ucrânia. A celebração, chamada de "Dia da Vitória", é considerada por muitos uma ferramenta propagandística do Kremlin para reforçar o nacionalismo russo e a nostalgia soviética.
Lula, que desembarcou na Rússia na quarta-feira (7), participou da deposição de flores no túmulo do soldado desconhecido e almoçou com Putin no Palácio do Kremlin, sede do poder russo. Ambos mantiveram uma reunião bilateral, cujos detalhes ainda são pouco claros, mas incluem acordos em ciência e tecnologia — áreas sensíveis e de interesse estratégico para regimes que frequentemente confrontam os valores do Ocidente democrático.
Acompanhado pela primeira-dama Janja e por uma comitiva de ministros e parlamentares — inclusive o presidente do Senado, Davi Alcolumbre — Lula encerrará o dia com jantar na embaixada brasileira.
Após sua passagem por Moscou, o presidente seguirá para Pequim, na China comunista, onde participará da cúpula entre o regime de Xi Jinping e países da Celac. Estão previstos ao menos 16 atos bilaterais com o Partido Comunista Chinês, aumentando ainda mais a preocupação sobre o alinhamento do Brasil com regimes que ignoram liberdades fundamentais e promovem vigilância em massa.
A aproximação com ditaduras estrangeiras reforça o receio de que o atual governo esteja cada vez mais distante dos princípios democráticos que dizem defender, enquanto se projeta como peça útil no tabuleiro geopolítico de potências autoritárias.
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