Governo quer mexer no vale-alimentação e pode prejudicar trabalhador e pequenos negócios

O governo Lula, por meio do vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, voltou a sinalizar que pretende intervir no Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), que hoje garante vales-alimentação e refeição a mais de 21 milhões de brasileiros. A proposta, apresentada nesta segunda-feira (12), promete "reduzir custos", mas pode esconder mais um ataque aos direitos trabalhistas e à liberdade de mercado.

Durante evento da Associação Paulista de Supermercados, Alckmin afirmou que o governo estuda “alternativas” ao PAT e defendeu menos “intermediação” — eufemismo que pode significar o fim de empresas especializadas na gestão dos benefícios, substituídas por controle estatal e digitalização via Pix. Na prática, mais centralização em Brasília e menos autonomia para o trabalhador.

“O governo quer se meter até no vale-refeição de quem trabalha”, comentou um comerciante presente no evento, sob condição de anonimato. Pequenos bares e restaurantes, que já enfrentam burocracia e carga tributária sufocante, temem que mudanças mal planejadas prejudiquem ainda mais seus negócios.

Hoje, o PAT beneficia especialmente trabalhadores que ganham até cinco salários mínimos e movimenta cerca de R$ 170 bilhões por ano, graças a um sistema que envolve mais de 300 mil empresas. Ao mirar nessa estrutura, o governo dá sinais de que quer avançar sobre um mercado sólido com o discurso de "melhoria", mas sem apresentar propostas concretas.

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, chegou a dizer recentemente que as mudanças serão feitas “no amor ou na dor” — frase que soa como ameaça velada a quem ousar resistir à canetada de Brasília. A proposta de repasse direto via Pix, que eliminaria as empresas intermediadoras, é malvista por associações do setor, mas ainda está na mesa.

Mais uma vez, em nome de uma “eficiência” estatal duvidosa, o governo federal parece disposto a sacrificar a liberdade de mercado, os empregos e os pequenos empreendedores — tudo em nome de um projeto que ninguém viu, mas que pode custar caro para quem trabalha de verdade neste país.

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