O Papa não é italiano, mas o técnico da Seleção é


A NOVELA ACABOU!!!!!
Sim, finalmente a Seleção Brasileira tem um técnico. O senhor Carlo Ancelotti chega para ser o terceiro treinador do ciclo mais bagunçado da história da seleção.
Tá, mas e agora? O que devemos esperar? Bom, tudo ainda é uma incógnita. Vamos focar apenas no futebol, porque, se entrarmos nas questões políticas envolvendo a CBF, vamos longe demais.
Ancelotti chega no dia 26 de maio, após o término de uma temporada atípica como treinador do Real Madrid. O maior clube do mundo conquistou apenas o Mundial de Clubes nesta temporada, foi eliminado da Champions League pelo Arsenal e superado pelo Barcelona no Campeonato Espanhol, na Supercopa da Espanha e também em La Liga, encerrando o ano sem vencer nenhum clássico. Isso, porém, vai muito além de Ancelotti. Afinal, não houve nenhum time no mundo tão prejudicado por lesões quanto o Real Madrid neste ciclo. E jogar com Lucas Vázquez na lateral direita, vai por mim, é das piores coisas do mundo.
Mas vamos voltar à Seleção Brasileira. Ancelotti assume o comando da Canarinho no pior momento do nosso futebol. Vexames nas últimas duas Copas do Mundo, fracasso na última Copa América, derrota para a Argentina e inúmeros escândalos políticos. Sem falar naquele que dizem ser o maior talento dos últimos anos — o senhor Neymar Jr. —, que ninguém sabe qual será o seu futuro. Aliás, me arrisco a dizer que nem ele mesmo sabe. Ou melhor, arrisco sim: vai jogar a Kings League.
Mister Carleto terá apenas dez jogos para montar um time competitivo para a Copa de 2026. Podemos ser hexa? Não quero ser pessimista, mas vamos esperar os próximos jogos. Com ele na casamata verde e amarela, temos, sim, chances. E eu explico por quê.
Carlo Ancelotti é um dos maiores técnicos da história do futebol mundial. Está na mesma prateleira que Johan Cruyff, Sir Alex Ferguson e, na minha opinião, é maior que Pep Guardiola. É claro que não basta termos um dos maiores técnicos da história à frente da maior seleção do mundo para garantir o hexa. Isso passa, e muito, pelo time em campo.
Ainda assim, será uma nova filosofia, diferente da que estamos acostumados com os nossos técnicos brasileiros. Ancelotti está habituado a jogos do mais alto nível do futebol. Carleto já conquistou cinco Champions League. Ele está acostumado a montar formações das mais diversas.
Qual será sua missão mais difícil? Fazer com que Vini Jr., Rodrygo e Raphinha joguem o futebol que estamos acostumados a ver nas noites mágicas do Bernabéu — com Vini e Rodrygo — e nas atuações magistrais de Raphinha com a camisa do Barcelona nos El Clásicos. Essa será a missão primordial, que pode levar Ancelotti à maior conquista e também à única que ainda falta em sua magnífica carreira: uma Copa do Mundo.
Espero que ele também traga organização, identidade, um estilo claro de jogo — algo que todos consigam reconhecer e dizer: “A Seleção Brasileira do Ancelotti joga assim”. E torço, do fundo do coração, para que, lá na frente, possamos dizer: “O Brasil foi hexacampeão com Ancelotti como treinador”. Algo inédito não apenas para a Seleção, mas também para o futebol mundial.
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