Zambelli é condenada em julgamento político conduzido pelo STF

Em mais um capítulo da escalada autoritária do Supremo Tribunal Federal (STF), a Primeira Turma da Corte condenou por unanimidade, na quarta-feira (14), a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) a 10 anos de prisão, em decisão considerada por juristas independentes como claramente política e arbitrária. A pena se refere a supostas invasões aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), além da alegação de inserção de documentos falsos — acusações que a defesa da parlamentar afirma não estarem sustentadas por provas concretas.

A decisão escandalosa inclui ainda a cassação do mandato popular da deputada — uma representante eleita por mais de 946 mil brasileiros — numa clara afronta à vontade do eleitor e à soberania do Parlamento. Ainda cabem recursos, e a Câmara dos Deputados deverá se manifestar sobre a prisão e a perda de mandato, embora o STF, em mais um gesto de ativismo jurídico, tenha indicado que pode tomar a decisão de forma unilateral, ignorando a Constituição e o devido processo legislativo.

Perseguição política disfarçada de justiça

Zambelli, conhecida por seu posicionamento firme contra o autoritarismo judicial e pela defesa da liberdade de expressão, tem sido alvo frequente do que seus apoiadores classificam como uma verdadeira caçada política. Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), a deputada teria se aliado ao hacker Walter Delgatti Neto para inserir documentos nos sistemas do CNJ com o objetivo de denunciar abusos — entre eles, um mandado de prisão simbólico contra o ministro Alexandre de Moraes.

A defesa de Zambelli repudiou veementemente o julgamento, destacando as inúmeras irregularidades processuais, o cerceamento do direito de defesa e o fato de não terem sido apresentadas provas “irrefutáveis e induvidosas”. Advogados também criticaram a ausência de sustentação oral no julgamento e o impedimento de audiências com os ministros da Turma.

Hacker mitômano é usado como peça-chave

Delgatti, réu confesso em outros crimes e personagem central da “Vaza Jato”, foi condenado a oito anos e três meses de prisão e será usado como testemunha-chave contra opositores do sistema, segundo especialistas. Ele teria, supostamente, forjado documentos como alvarás de soltura e mandados de prisão, o que Zambelli nega conhecer ou ter autorizado. A condenação exige ainda que ambos paguem R$ 2 milhões em indenizações, numa penalização que muitos veem como tentativa de intimidação financeira a vozes dissonantes.

Liberdades em xeque

A decisão do STF acende um alerta vermelho sobre os rumos do Judiciário brasileiro, que cada vez mais avança sobre as prerrogativas do Legislativo e criminaliza adversários políticos sob o pretexto de proteger a “democracia”. Para juristas e parlamentares da oposição, trata-se de um movimento orquestrado para calar conservadores, patriotas e qualquer um que ouse questionar os donos do poder.

Em nota oficial, a defesa de Zambelli reiterou que continuará lutando para reverter essa injustiça, confiando que, em algum momento, o Estado Democrático de Direito seja restaurado.

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