Mourão depõe ao STF em defesa de generais perseguidos: "Plano sem pé nem cabeça"


O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), vice-presidente da República durante o governo Bolsonaro, prestará depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira (23), como testemunha em mais um capítulo da ofensiva política e judicial contra militares que serviram ao Brasil com honra e disciplina.
Mourão, homem de trajetória ilibada e voz ativa contra os abusos do sistema, foi convocado a falar no processo em que o general Augusto Heleno é alvo — outro patriota agora na mira de um STF cada vez mais desacreditado por parte expressiva da população. O senador, vale lembrar, sequer foi citado na polêmica denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Jair Bolsonaro e outros 33 nomes — acusação amplamente criticada por juristas, parlamentares e cidadãos atentos à escalada de autoritarismo no país.
As defesas de Bolsonaro, Paulo Sérgio Nogueira e Braga Netto também indicaram Mourão como testemunha, confiando em sua firmeza e clareza de análise. Em declarações anteriores, o senador já desmontou a tese do “golpe”, chamando o suposto plano de “sem pé nem cabeça” e ironizando: “É crime escrever bobagem?”
“Não consigo nem imaginar como uma tentativa de golpe”, disse Mourão em seu podcast. “Temos um grupo pequeno de militares da reserva que, em tese, montaram algo sem lógica nem estrutura. Isso é motivo para transformar o país num circo de julgamentos?”
Mourão defende brasileiros perseguidos e pede refúgio a Milei
Sem temer represálias, o senador foi além: pediu pessoalmente ao presidente argentino, Javier Milei, que conceda asilo político aos brasileiros condenados e perseguidos por conta dos protestos de 8 de janeiro de 2023 — manifestações que, embora tenham tido excessos pontuais, revelaram a indignação de milhões diante de uma democracia ferida.
Segundo Mourão, essas pessoas buscaram a Argentina por não confiarem mais em uma Justiça brasileira aparelhada, que tem negado garantias fundamentais como o devido processo legal e aplicado penas desproporcionais. O senador denunciou também o “viés autoritário e persecutório da esquerda no poder”.
“Que Milei e a Comissão Nacional de Refugiados da Argentina cumpram o papel humanitário que o Brasil abandonou ao virar as costas para seus próprios cidadãos”, declarou.
Circo armado ou justiça? Mourão questiona CPI e condução dos inquéritos
Em declarações à imprensa, Mourão também já havia criticado o espetáculo midiático em torno da CPI dos atos de 8 de janeiro. Para ele, não há motivos para envolver Jair Bolsonaro, alvo preferencial de uma classe política e judiciária cada vez mais distanciada da vontade popular.
“Tem que ser conduzida sem oba-oba”, alertou o senador, “sem transformar a busca por justiça em palanque político”.
Depoimentos no STF seguem sob desconfiança popular
O depoimento de Mourão está agendado para as 14h, parte de uma série de oitivas no STF que incluem até o atual comandante da Marinha — mostrando que nem mesmo as Forças Armadas escapam do cerco promovido por ministros ativistas.
Enquanto isso, alguns denunciados sequer foram oficialmente notificados, como o jornalista Paulo Figueiredo, perseguido por expressar suas opiniões nos EUA. O julgamento? Sem previsão — mais um sinal de que a insegurança jurídica avança no país sob a máscara da legalidade.
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