Embate no Senado: Ministra Marina Silva abandona audiência após críticas de senadores da Amazônia


A audiência da Comissão de Infraestrutura do Senado nesta semana foi marcada por tensão e confronto direto entre a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e parlamentares da região Norte. A ministra foi convidada para discutir a criação de quatro novas unidades de conservação marítima no Amapá, medida que tem gerado forte resistência de setores produtivos e políticos preocupados com os impactos econômicos da política ambiental do governo.
Durante a sessão, o senador Plínio Valério (PSDB-AM) criticou duramente a condução da ministra, afirmando que sua atuação não é digna de respeito institucional. “Estou falando com a ministra e não com a mulher, porque a mulher merece respeito, a ministra, não”, disse o parlamentar, apontando o que considera ser uma postura ideológica e inflexível de Marina diante das demandas da Amazônia.
A ministra reagiu, mas optou por se retirar da audiência acompanhada de sua equipe, encerrando de forma abrupta um debate que envolvia temas relevantes como a exploração de petróleo na Foz do Amazonas, a extensão da BR-319 e o polêmico Projeto de Lei do Licenciamento Ambiental — essencial para destravar obras de infraestrutura e atrair investimentos ao país.
O senador Omar Aziz (PSD-AM) também criticou Marina, responsabilizando-a pelo clima de impasse sobre o PL 2.159/2021, que busca modernizar as regras de licenciamento ambiental no Brasil. Segundo ele, a intransigência da ministra tem travado o desenvolvimento de projetos estratégicos para a região Norte e o país.
Após o episódio, Marina declarou que se sentiu desrespeitada, tentou transformar o ocorrido em uma pauta de gênero e origem social, e pediu retratação do senador Plínio Valério, que não foi atendida.
A ministra, que tem enfrentado crescente resistência no Congresso por conta de sua postura considerada inflexível por diversos parlamentares, reafirmou seu compromisso com o que chamou de “defesa da democracia e da biodiversidade”. Entretanto, críticos apontam que seu radicalismo ambiental pode estar comprometendo o desenvolvimento nacional e o progresso de áreas fundamentais para a economia e a infraestrutura.
Vale lembrar que esta não é a primeira vez que Marina e senadores da Amazônia se enfrentam publicamente. Em evento anterior, Plínio já havia demonstrado insatisfação com a atuação da ministra, o que mostra um clima de desgaste crescente entre o Congresso e a pasta do Meio Ambiente.
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