Zambelli deixa o Brasil e denuncia perseguição judicial: “Não desisti da luta, estou resistindo”

Duas semanas após uma polêmica condenação no STF, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) comunicou sua saída do Brasil rumo à Europa. A parlamentar, que possui cidadania italiana, destacou que sua decisão foi motivada por questões de saúde e segurança jurídica diante do ambiente que considera de perseguição e cerceamento de liberdades no Brasil.

Em entrevista ao canal AuriVerde nesta terça-feira (3), Zambelli afirmou estar fora do país “há alguns dias” e explicou que, além do tratamento médico, sua saída também foi uma resposta à crescente escalada de repressão contra parlamentares e cidadãos que ousam desafiar o atual sistema.

“Eu poderia me entregar, cumprir pena e aceitar a injustiça. Mas que Justiça é essa que prende uma cabeleireira por 14 anos e quer me dar 15 anos por expor as falhas de um sistema?”, questionou, referindo-se à pena aplicada à Débora Rodrigues dos Santos, envolvida nos protestos de 8 de janeiro.

Zambelli foi condenada em 14 de maio por suposta invasão ao sistema do CNJ com apoio do hacker Walter Delgatti – um personagem já conhecido por sua atuação em casos polêmicos anteriores. O STF decidiu, de forma unânime, também pela perda de seu mandato, ainda que a sentença possa ser revista.

A deputada planeja pedir afastamento não remunerado e será substituída temporariamente pelo suplente Coronel Tadeu (PL-SP). “Minha vida virou de cabeça para baixo desde que enfrentei esse sistema”, disse, relembrando também o episódio em que sacou uma arma diante de uma ameaça, segundo ela, à segurança de seu filho.

“Fiz o que qualquer mãe faria ao ouvir um disparo e se ver numa situação de risco”, explicou. “Mas, ao invés de receber apoio, fui isolada.”

Zambelli revelou que seguirá atuando politicamente no exterior, nos moldes do que já faz o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos EUA denunciando o avanço autoritário das instituições brasileiras.

“Não estou fugindo. Estou resistindo. Fora do país, posso continuar sendo quem sou, sem amarras, sem censura”, afirmou.

A deputada também alertou para o risco que, segundo ela, representa o atual sistema eleitoral brasileiro. “As urnas não são auditáveis. As pesquisas são manipuladas. Não há como acreditar na lisura do processo enquanto não tivermos o voto impresso e a contagem pública dos votos”, denunciou.

Zambelli ainda reforçou que continuará sua comunicação com seus mais de 10 milhões de seguidores através das redes sociais, agora geridas por sua mãe. “Eles querem me silenciar, mas não vão. Seguiremos denunciando os abusos e lutando por liberdade.”

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